Secretário de Clima do MMA destaca papel da Embrapa em reunião da Frente Parlamentar da Economia Verde
Secretário de Clima do MMA destaca papel da Embrapa em reunião da Frente Parlamentar da Economia Verde
Alexandre Alonso e representantes da Embrapa participaram do café da manhã promovido pela Frente Parlamentar da Economia Verde
O papel da Embrapa no avanço do entendimento da ciência climática brasileira foi destacado por Marcelo Donini Freire, secretário adjunto de Clima e Relações Internacionais, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), durante café da manhã realizado pela Frente Parlamentar da Economia Verde na última quinta-feira, 2/12.
“A Embrapa é um ator de primeira necessidade e importância para que a gente faça a tropicalização da nossa ciência climática, e isso é muito importante para avançarmos no entendimento da ciência climática brasileira”, disse o secretário na reunião que teve como tema principal o aproveitamento do biogás e do biometano para ajudar o Brasil a cumprir as metas de combate às mudanças climáticas.
O objetivo da reunião foi dinamizar e aprofundar o debate sobre biogás e biometano, a partir das conclusões e acordos firmados durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), realizada em novembro deste ano em Glasgow (Escócia). Sobre este assunto, o secretário Marcelo Donini destacou o potencial que o Brasil tem para a produção de biogás, fonte energética renovável e de baixa emissão de carbono.
Representando a Embrapa, estiveram presentes na reunião o chefe-geral e o chefe de P&D da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso e Bruno Laviola, a Gerente de Relações Institucionais e Governamentais, Cynthia Cury, e a Supervisora de Relações Institucionais, Petula Ponciano, ambas da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (SIRE), além de entidades representativas do setor, como a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).
Alonso: descarbonização da economia é urgente
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, falou sobre a urgência da agenda de descarbonização da economia e destacou os dois papéis principais da Embrapa nessa temática. O primeiro foi o de apoiador na formulação do projeto de lei sobre o Biogás (marco do biogás), apresentado pelo deputado Arnaldo Jardim.
Alonso também lembrou o papel na Embrapa no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas em benefício do agro nacional. “É preciso ter tecnologias para suportar o desenvolvimento do País, e esse é um papel que a Embrapa executa. Costumamos dizer na Embrapa que a agricultura brasileira é movida a ciência”, disse Alonso.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), autor do projeto de lei 3865/2021, que “institui o Programa de Incentivo à Produção e ao Aproveitamento de Biogás, de Biometano e de Coprodutos Associados - PIBB e dá outras providências”, destacou as contribuições da Embrapa à formulação desta proposta, valorizando o papel da ciência neste processo.
Donini: Biogás é assunto de primeira importância para o desenvolvimento do Brasil
O secretário Marcelo Donini enfatizou que a questão do biogás é um assunto de primeira importância para o desenvolvimento do Brasil e para a pauta econômica e climática, inclusive a nível mundial. “É muito complicado ficar importando gás fóssil enquanto temos um potencial inesperado, latente e absurdo de uma fonte renovável (o biogás), uma característica brasileira que poucos países no mundo têm”, disse o secretário.
Sobre a COP-26, o secretário relatou que o Brasil foi o grande articulador que possibilitou o sucesso da conferência. “Houve um esforço para engajar outros países para que entrassem no Acordo Global do Mercado de Carbono, consenso alcançado por 197 países após um exercício de muita negociação, concessão, articulação e movimento pró-ativo do Brasil”, disse o secretário. “Tenho orgulho de dizer que voltamos de Glasgow com o Brasil reposicionado na geopolítica mundial”, afirmou.
De acordo com o Donini, o Brasil teve o papel de engajar as grandes potências mundiais. “Foi uma oportunidade de mostrar para o mundo o que é o Brasil de fato, o que é essa grande potência verde e de baixo carbono que já somos e o quanto ainda temos que avançar”, afirmou.
O secretário também lembrou que o País retornou da COP-26 signatário de um acordo para a redução de emissão do gás metano o que, para ele, é uma oportunidade de alavancar políticas públicas e programas já existentes no País. “Se avançarmos só na questão do biogás, já atingiremos a meta”, disse.
Para finalizar, Donini lembrou que o biogás é um dos pilares prioritários e importantes para a economia de baixo carbono no mundo. “Muito além do mercado de carbono, precisamos entender que a grande oportunidade para o Brasil é a baixa pegada de carbono da nossa economia e dos nossos produtos, atrelada a fontes energéticas renováveis e de baixo carbono”, concluiu o secretário.
A Frente Parlamentar da Economia Verde (cujo nome oficial é Frente Parlamentar Mista para a Criação de Estímulos Econômicos para a Preservação Ambiental) foi criada em 2019 e é composta por 217 deputados e um senador. A coordenação é do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O colegiado tem como objetivo principal propor a criação de estímulos econômicos para a preservação ambiental, entre os quais ações voltadas para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Clique neste link para assistir na íntegra a reunião.
Irene Santana (Mtb 11.354/DF)
Embrapa Agroenergia
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