30/10/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Segurança alimentar, nutrição e saúde

10º Sirgealc: Diretor do banco norueguês encerra evento na serra gaúcha

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Foto: Acervo Internet

Acervo Internet - Asdal encerrou o evento com a apresentação do Banco Global de Sementes de Svalbard

Asdal encerrou o evento com a apresentação do Banco Global de Sementes de Svalbard

A 10ª edição do Simpósio de Recursos Genéticos para a América Latina e Caribe (10º Sirgealc) foi encerrada no dia 29 de outubro com palestra do coordenador do Banco Global de Sementes de Svalbard, Noruega, Åsmund Asdal. A apresentação do pesquisador norueguês fechou o evento, cuja conferência de abertura foi ministrada pelo pesquisador do N.I. Vavilov Institute of Plant Industry, da Rússia, Igor Loskutov. Com isso, o Sirgealc cumpriu à risca o tema desta edição, que era: "Recursos Genéticos no Século 21: de Vavilov a Svalbard.

A ideia, de acordo com a presidente do 10º Sirgealc, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Rosa Lia Barbieri, foi abordar a importância dos recursos genéticos para a segurança alimentar da humanidade desde o início do século XX, quando o russo Nikolai Ivanovich Vavilov iniciou suas expedições por todos os continentes em busca de plantas de importância agrícola até o Século XXI com a construção do Banco Global de Sementes de Svalbard, na Noruega, que promete garantir a segurança alimentar da humanidade, conservando réplicas de sementes de importância alimentar de todos os países do Globo.

Tanto Vavilov como Svalbard traduzem o ideal das pessoas e instituições que trabalham na área de recursos genéticos: conhecer para conservar. Os bancos genéticos são como backups das coleções de plantas de importância para a agricultura e alimentação cultivadas em todo o mundo.

Banco Norueguês devolveu sementes à Síria

Asdal apresentou o Banco Global de Sementes de Svalbard, criado em 2008 para guardar sementes de todos os países, como garantia de segurança alimentar em casos de catástrofes climáticas, guerras ou outras barbáries.

Segundo ele, o ideal é que que nunca seja necessário, mas infelizmente, o banco já recebeu a sua primeira solicitação oriunda do The Institute Centre for Agricultural Research in Dry Areas (ICARDA), que atende a unidades de 30 países da Índia ao Marrocos. As sementes foram requisitadas pelo chefe do ICARDA no Marrocos, Athanasios Tsivelikas para atender à população da Síria, vítima de guerra. "Por um lado, é triste porque realmente esperamos que o banco nunca seja necessário, mas por outro é uma oportunidade de comprovar para o mundo a sua importância", comentou o pesquisador norueguês.

O Banco Global de Svalbard conta hoje com 875.931 amostras de sementes de 5.114 espécies de 66 instituições depositantes de 232 países.
"Ainda esperamos receber muito mais porque o Banco de Svalbard tem capacidade para receber 4,5 milhões de acessos", lembrou Asdal. Ele é aberto três vezes por ano para depósitos e o último foi feito em outubro de 2015.

A Embrapa já fez dois depósitos e hoje possui na caixa forte da Noruega 1.319 acessos e 363.553 sementes de arroz, feijão e milho acondicionadas em seis caixas.

Todas as informações sobre o Banco Global de Svalbard estão disponíveis no portal do banco no link:
 

Fernanda Diniz (DRT/DF 4685/89)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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