O modelo criado permite o desenvolvimento de alimentos naturais para as pós-larvas em pequenas propriedades. Sistema simbiótico para a alimentação das larvas foi desenvolvido com o uso de farelo de arroz. Criação intensiva em berçários garante boa aclimatação das pós-larvas, além de produzir camarões mais resistentes e com maior crescimento. Pesquisa também desenvolve modelo para criação de camarões em pequenas propriedades. Criações poderiam aproveitar poços artesianos com salinidade próxima a 0,5% para o estabelecimento de aquiculturas no interior do País. A Embrapa Meio-Norte (PI) definiu a composição da água necessária para a criação de camarão-branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei), permitindo a reprodução dele em ambiente longe do litoral. Natural da água salgada, essa espécie é geralmente cultivada em fazendas próximas à costa marinha. O avanço para os produtores é que a pesquisa científica definiu as doses ideais mínimas de minerais na água, como cálcio, magnésio e potássio, e um modelo simplificado para que o vannamei possa ser criado sem a necessidade de se usar a água do mar. O modelo desenvolvido é para a fase de berçário em sistema simbiótico (o qual permite desenvolvimento de alimentos naturais importantes para o desenvolvimento das pós-larvas), em cativeiro, em pequenas propriedades. Esse sistema é o mais usado no mundo na produção desse crustáceo, pois melhora a digestibilidade e absorção dos alimentos pelos animais e estabiliza a qualidade da água. As concentrações definidas na pesquisa Entre os resultados da pesquisa está a definição das concentrações por litro de água: salinidade: 2,3%, cálcio: 38 miligramas, magnésio: 96 miligramas, potássio: 48,3 miligramas, e 490,13 miligramas de dureza total (concentração de cálcio e magnésio solúveis na água). A alcalinidade total foi estabelecida em 92,33 miligramas de carbonato de cálcio por litro Os trabalhos foram desenvolvidos pelo engenheiro de pesca e analista da Embrapa Meio-Norte Valdemir Queiroz de Oliveira, em sua pesquisa de mestrado na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife. O estudo foi orientado pelos professores da universidade Alfredo Oliveira Gálvez e Luis Otávio Brito e pela pesquisadora da Embrapa Alitiene Moura Pereira. A importância do farelo de arroz Para chegar à conclusão do trabalho, cujos resultados parciais foram apresentados no IX Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (AquaCiência 2021); e na XVII Feira Nacional do Camarão (Fenacam 2021), Oliveira usou também o farelo de arroz fermentado. No experimento, em laboratório, ele aplicou para cada metro cúbico de água 20 gramas de farelo de arroz peneirado, 2 gramas de açúcar demerara, 0,5 grama de probiótico (mix de bactérias: Bacillus subtilis, B. licheniformis e B. sp.), 0,25 grama de fermento e 4 gramas de bicarbonato de sódio. A água empregada tem de ser esterilizada. A mistura, segundo o engenheiro de pesca, foi submetida à fermentação (processo anaeróbico) durante 24 horas e depois à respiração microbiana (processo aeróbico), por mais 24 horas. Depois foi aplicada na água de cultivo com um intervalo de dois dias, totalizando sete aplicações (14 dias) antes do povoamento com as pós larvas. Após o povoamento, a aplicação permaneceu com um intervalo de três vezes por semana. Ele explica por que o uso do farelo de arroz é importante na alimentação dos camarões. “O farelo é colonizado por bactérias que equilibram a relação entre bactérias heterotróficas e nitrificantes, permitindo a estabilização dos compostos nitrogenados (amônia e nitrito) em níveis que não prejudicaram o crescimento dos camarões. O farelo aumenta a quantidade de bactérias benéficas no trato digestórios dos camarões, o que melhora a absorção dos nutrientes e o Fator de Conversão Alimentar [quantidade de alimento que o animal come para transformar em um quilo do corpo do animal,” esclarece. Os sistemas intensivos de camarão em berçários, como o simbiótico, apresentam várias vantagens ao produtor de acordo com Oliveira. “Eles precisam de pouca troca, maior controle e reutilização da água”, evitam com isso a perda de minerais e aumentando assim os ciclos produtivos na engorda. “O processo – diz Oliveira – garante boa aclimatação das pós-larvas às condições de cultivo, produzindo um camarão mais resistente e com maior crescimento compensatório, além de um melhor desempenho zootécnico”. A produção simplificada em cativeiro Paralelamente à dissertação de mestrado, ele criou um modelo simplificado de produção de camarão para pequenas propriedades. O modelo consiste em unidades com tanques-bercários de 50 metros cúbicos. Cada um deles é capaz de produzir 85 mil juvenis de camarões a cada 30 dias. Essa quantidade pode povoar um viveiro de 850 metros quadrados em sistema intensivo, com densidade de 100 animais por metro quadrado, com uma despesca prevista em torno de 760 quilos de camarões de 10 gramas a cada 100 dias. Ou um viveiro de 5,6 mil metros quadrados com uma densidade de 15 camarões por metro quadrado, com uma despesca em torno de 900 quilos de camarões, com 12 gramas cada, a cada 90 dias. Com um tanque berçário, o produtor pode povoar um viveiro a cada 35 dias e, com isso, todo mês ele terá camarão produzido na fazenda. É necessário a instalação de três viveiros. Poços garantem infraestrutura O interior do Brasil tem infraestrutura para a produção de camarão em cativeiro. Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério das Minas e Energia, o País tinha até 10 de maio de 2022 nada menos do que 348.869 poços artesianos. O Nordeste tinha o maior número: 190.100, seguido do Sudeste (60.393), Sul (56.490), Norte (28.532) e Centro-Oeste (13.354). Com salinidade próxima a 0,5% (juntamente com as variáveis de quantidade e qualidade de água), que garante satisfatoriamente uma boa produção de camarão, segundo Oliveira, são 83.606 poços espalhados nas cinco regiões do País: 63.915 no Nordeste, 10.113 no Sul, 7.969 no Sudeste, 818 no Norte e 791 na Região Centro-Oeste. “Essa infraestrutura com poços já garante as condições mínimas para se produzir um camarão de qualidade em pequenas propriedades”, disse Oliveira. Assentamento produz camarão e gera renda Os casos de sucesso na produção do camarão-branco-do-pacífico se multiplicam e o empreendedorismo na área ganha força. Em Sergipe, por exemplo, vinte municípios produzem o crustáceo, geram emprego, renda e contribuem para o desenvolvimento da atividade no Estado. Entre os que se destacam está o de São Cristovão, primeira capital sergipana, com cerca de 91 mil habitantes e a 21 quilômetros de Aracaju. Em dois assentamentos, a criação de camarão vem conseguindo avançar desde 2004, quando surgiram. Na fazenda Novo Horizonte são 23 famílias que vivem praticamente do camarão. Já na propriedade Bom Jesus, oito famílias têm como principal atividade a produção do camarão em cativeiro. Juntas, em 20 hectares, segundo Carlos Roberto Guedes (1964), coordenador da Unidade Técnica Estadual do crédito fundiário em Sergipe, foram produzidas quase vinte toneladas de camarão em 2021 nos dois assentamentos. Ao preço de R$ 19,20 o quilo à época, toda a produção foi comercializada em feiras livres e em lojas especializadas. Os camarões pesavam em média 12 gramas, segundo Guedes. Além do crustáceo, os assentados, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Camarão de São Cristovão, Sandro Monteiro dos Santos (1977), criam e vendem suínos, bovinos, ovinos e galinhas, bem como plantam macaxeira. Hoje, o preço do quilo do camarão branco do pacífico é vendido pelos assentados por R$ 25,00. Fonte de proteínas, minerais e vitaminas Com origem no Oceano Pacífico oriental, na região que vai do estado de Sonora, no México, e se estende até o norte do Peru, o branco-do-pacífico, também conhecido camarão-de-patas-brancas, é a maior espécie desse crustáceo produzida em cativeiro. No Brasil, ele foi introduzido na década de 1980, se espalhou por todo o País e hoje é o mais cultivado no Nordeste. Tailândia, Indonésia, Vietnam, Equador, México e Brasil são os principais países produtores comerciais. Em 2021, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), que tem sede em Natal, no Rio Grande do Norte, o Brasil produziu 120 mil toneladas de camarão branco do pacífico. Deste total, foram exportados apenas 314 toneladas para os Emirados Árabes, Estados Unidos, Vietnã e Malásia, faturando US$ 1,51 milhão. “Valores muito baixos, na verdade insignificantes”, lamenta o engenheiro de pesca Itamar de Paiva Rocha (1950), presidente da ABCC. Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia, de acordo com a entidade, são os cinco estados que mais produzem o crustáceo no País. No mercado brasileiro de camarões, segundo Rocha, operam pelo menos 3,2 mil produtores, sendo 75% representados por micros e pequenos, que trabalham em área menor que 10 hectares; 20% por médios (áreas entre 11 e 50 hectares); e 5% por grandes com fazendas maiores que 50 hectares. Destes, 97% estão instalados no Nordeste, onde os Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí se destacam na carcinicultura, técnica de criação de camarões em viveiros. O peso do camarão branco do pacífico comercializado no Brasil, de acordo com o presidente da ABCC, varia de 6 a 25 gramas e mede entre 10 e 12 centímetros. “Não existe tamanhos ou pesos ideais, pois o mercado é quem estabelece as preferências”, declara. Comer camarão, segundo nutricionistas, é saudável. O branco do pacífico, por exemplo, é rico em proteínas e minerais como selênio, fósforo, magnésio, cálcio, cobre e iodo. Também é fonte de vitaminas D e E, e do complexo B, como a B12. Além disso tem poucas calorias. Correções em 24/06/2022 (Mariana Medeiros).
Foto: ABCC
Pesquisa permite a criação do camarão branco, natural da água salgada, longe do litoral
A Embrapa Meio-Norte (PI) definiu a composição da água necessária para a criação de camarão-branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei), permitindo a reprodução dele em ambiente longe do litoral. Natural da água salgada, essa espécie é geralmente cultivada em fazendas próximas à costa marinha. O avanço para os produtores é que a pesquisa científica definiu as doses ideais mínimas de minerais na água, como cálcio, magnésio e potássio, e um modelo simplificado para que o vannamei possa ser criado sem a necessidade de se usar a água do mar.
O modelo desenvolvido é para a fase de berçário em sistema simbiótico (o qual permite desenvolvimento de alimentos naturais importantes para o desenvolvimento das pós-larvas), em cativeiro, em pequenas propriedades. Esse sistema é o mais usado no mundo na produção desse crustáceo, pois melhora a digestibilidade e absorção dos alimentos pelos animais e estabiliza a qualidade da água.
As concentrações definidas na pesquisa Entre os resultados da pesquisa está a definição das concentrações por litro de água: salinidade: 2,3%, cálcio: 38 miligramas, magnésio: 96 miligramas, potássio: 48,3 miligramas, e 490,13 miligramas de dureza total (concentração de cálcio e magnésio solúveis na água). A alcalinidade total foi estabelecida em 92,33 miligramas de carbonato de cálcio por litro |
Os trabalhos foram desenvolvidos pelo engenheiro de pesca e analista da Embrapa Meio-Norte Valdemir Queiroz de Oliveira, em sua pesquisa de mestrado na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife. O estudo foi orientado pelos professores da universidade Alfredo Oliveira Gálvez e Luis Otávio Brito e pela pesquisadora da Embrapa Alitiene Moura Pereira.
A importância do farelo de arroz
Para chegar à conclusão do trabalho, cujos resultados parciais foram apresentados no IX Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (AquaCiência 2021); e na XVII Feira Nacional do Camarão (Fenacam 2021), Oliveira usou também o farelo de arroz fermentado.
No experimento, em laboratório, ele aplicou para cada metro cúbico de água 20 gramas de farelo de arroz peneirado, 2 gramas de açúcar demerara, 0,5 grama de probiótico (mix de bactérias: Bacillus subtilis, B. licheniformis e B. sp.), 0,25 grama de fermento e 4 gramas de bicarbonato de sódio. A água empregada tem de ser esterilizada.
A mistura, segundo o engenheiro de pesca, foi submetida à fermentação (processo anaeróbico) durante 24 horas e depois à respiração microbiana (processo aeróbico), por mais 24 horas. Depois foi aplicada na água de cultivo com um intervalo de dois dias, totalizando sete aplicações (14 dias) antes do povoamento com as pós larvas. Após o povoamento, a aplicação permaneceu com um intervalo de três vezes por semana.
Ele explica por que o uso do farelo de arroz é importante na alimentação dos camarões. “O farelo é colonizado por bactérias que equilibram a relação entre bactérias heterotróficas e nitrificantes, permitindo a estabilização dos compostos nitrogenados (amônia e nitrito) em níveis que não prejudicaram o crescimento dos camarões. O farelo aumenta a quantidade de bactérias benéficas no trato digestórios dos camarões, o que melhora a absorção dos nutrientes e o Fator de Conversão Alimentar [quantidade de alimento que o animal come para transformar em um quilo do corpo do animal,” esclarece.
Os sistemas intensivos de camarão em berçários, como o simbiótico, apresentam várias vantagens ao produtor de acordo com Oliveira. “Eles precisam de pouca troca, maior controle e reutilização da água”, evitam com isso a perda de minerais e aumentando assim os ciclos produtivos na engorda. “O processo – diz Oliveira – garante boa aclimatação das pós-larvas às condições de cultivo, produzindo um camarão mais resistente e com maior crescimento compensatório, além de um melhor desempenho zootécnico”.
A produção simplificada em cativeiro
Paralelamente à dissertação de mestrado, ele criou um modelo simplificado de produção de camarão para pequenas propriedades. O modelo consiste em unidades com tanques-bercários de 50 metros cúbicos. Cada um deles é capaz de produzir 85 mil juvenis de camarões a cada 30 dias. Essa quantidade pode povoar um viveiro de 850 metros quadrados em sistema intensivo, com densidade de 100 animais por metro quadrado, com uma despesca prevista em torno de 760 quilos de camarões de 10 gramas a cada 100 dias. Ou um viveiro de 5,6 mil metros quadrados com uma densidade de 15 camarões por metro quadrado, com uma despesca em torno de 900 quilos de camarões, com 12 gramas cada, a cada 90 dias.
Com um tanque berçário, o produtor pode povoar um viveiro a cada 35 dias e, com isso, todo mês ele terá camarão produzido na fazenda. É necessário a instalação de três viveiros.
Poços garantem infraestrutura
O interior do Brasil tem infraestrutura para a produção de camarão em cativeiro. Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério das Minas e Energia, o País tinha até 10 de maio de 2022 nada menos do que 348.869 poços artesianos. O Nordeste tinha o maior número: 190.100, seguido do Sudeste (60.393), Sul (56.490), Norte (28.532) e Centro-Oeste (13.354).
Com salinidade próxima a 0,5% (juntamente com as variáveis de quantidade e qualidade de água), que garante satisfatoriamente uma boa produção de camarão, segundo Oliveira, são 83.606 poços espalhados nas cinco regiões do País: 63.915 no Nordeste, 10.113 no Sul, 7.969 no Sudeste, 818 no Norte e 791 na Região Centro-Oeste. “Essa infraestrutura com poços já garante as condições mínimas para se produzir um camarão de qualidade em pequenas propriedades”, disse Oliveira.
Assentamento produz camarão e gera renda Os casos de sucesso na produção do camarão-branco-do-pacífico se multiplicam e o empreendedorismo na área ganha força. Em Sergipe, por exemplo, vinte municípios produzem o crustáceo, geram emprego, renda e contribuem para o desenvolvimento da atividade no Estado. Entre os que se destacam está o de São Cristovão, primeira capital sergipana, com cerca de 91 mil habitantes e a 21 quilômetros de Aracaju. Em dois assentamentos, a criação de camarão vem conseguindo avançar desde 2004, quando surgiram. Na fazenda Novo Horizonte são 23 famílias que vivem praticamente do camarão. Já na propriedade Bom Jesus, oito famílias têm como principal atividade a produção do camarão em cativeiro. Juntas, em 20 hectares, segundo Carlos Roberto Guedes (1964), coordenador da Unidade Técnica Estadual do crédito fundiário em Sergipe, foram produzidas quase vinte toneladas de camarão em 2021 nos dois assentamentos. Ao preço de R$ 19,20 o quilo à época, toda a produção foi comercializada em feiras livres e em lojas especializadas. Os camarões pesavam em média 12 gramas, segundo Guedes. Além do crustáceo, os assentados, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Camarão de São Cristovão, Sandro Monteiro dos Santos (1977), criam e vendem suínos, bovinos, ovinos e galinhas, bem como plantam macaxeira. Hoje, o preço do quilo do camarão branco do pacífico é vendido pelos assentados por R$ 25,00. |
Fonte de proteínas, minerais e vitaminas Com origem no Oceano Pacífico oriental, na região que vai do estado de Sonora, no México, e se estende até o norte do Peru, o branco-do-pacífico, também conhecido camarão-de-patas-brancas, é a maior espécie desse crustáceo produzida em cativeiro. No Brasil, ele foi introduzido na década de 1980, se espalhou por todo o País e hoje é o mais cultivado no Nordeste. Tailândia, Indonésia, Vietnam, Equador, México e Brasil são os principais países produtores comerciais. Em 2021, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), que tem sede em Natal, no Rio Grande do Norte, o Brasil produziu 120 mil toneladas de camarão branco do pacífico. Deste total, foram exportados apenas 314 toneladas para os Emirados Árabes, Estados Unidos, Vietnã e Malásia, faturando US$ 1,51 milhão. “Valores muito baixos, na verdade insignificantes”, lamenta o engenheiro de pesca Itamar de Paiva Rocha (1950), presidente da ABCC. Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia, de acordo com a entidade, são os cinco estados que mais produzem o crustáceo no País. No mercado brasileiro de camarões, segundo Rocha, operam pelo menos 3,2 mil produtores, sendo 75% representados por micros e pequenos, que trabalham em área menor que 10 hectares; 20% por médios (áreas entre 11 e 50 hectares); e 5% por grandes com fazendas maiores que 50 hectares. Destes, 97% estão instalados no Nordeste, onde os Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí se destacam na carcinicultura, técnica de criação de camarões em viveiros. O peso do camarão branco do pacífico comercializado no Brasil, de acordo com o presidente da ABCC, varia de 6 a 25 gramas e mede entre 10 e 12 centímetros. “Não existe tamanhos ou pesos ideais, pois o mercado é quem estabelece as preferências”, declara. Comer camarão, segundo nutricionistas, é saudável. O branco do pacífico, por exemplo, é rico em proteínas e minerais como selênio, fósforo, magnésio, cálcio, cobre e iodo. Também é fonte de vitaminas D e E, e do complexo B, como a B12. Além disso tem poucas calorias. |
Correções em 24/06/2022 (Mariana Medeiros).
Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)
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Tradução em inglês: Mariana Medeiros (13044/DF)
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