Embrapa discute alimentação escolar e biodiversidade no Pacto de Milão
Embrapa discute alimentação escolar e biodiversidade no Pacto de Milão
Foto: Eugênia Ribeiro
Evento busca mostrar experiências mundiais e incentivar o alinhamento das políticas públicas municipais relacionadas com as questões de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável
Painel integra o 8º Fórum Global, que ocorre no RJ, de 17 a 19 de outubro
“Alimentação escolar: fortalecendo sistemas alimentares locais e uso da biodiversidade” é o tema do painel que será coordenado pela Embrapa Alimentos e Territórios e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO Brasil), durante o 8º Fórum Global do Pacto de Milão sobre Política Alimentar Urbana (8th MUFPP Global Forum). O evento é aberto ao público e ocorre na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, de 17 a 19 de outubro.
Com o tema “Food to Feed the Climate Justice: urban food solutions for a fairer world”, o Fórum busca explorar como os sistemas alimentares podem se tornar uma das alavancas para alcançar um mundo mais justo, propiciando um espaço para os gestores públicos das cidades transformarem desafios em soluções voltadas à criação de um futuro mais próspero. O evento tem o objetivo de mostrar experiências mundiais e incentivar o alinhamento das políticas públicas municipais relacionadas com as questões de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.
O painel é apoiado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, Instituto Comida do Amanhã e Sebrae Alagoas. Conta com recursos do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC), coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). As atividades serão realizadas no dia 17, das 14h15 às 15 horas.
Para o analista da Embrapa Gustavo Porpino, que coordena as atividades e fará a moderação do debate, essa será uma oportunidade de debater estratégias adotadas por vários países para incrementar os programas de alimentação escolar, com valorização de sistemas produtivos locais e maior aproveitamento da biodiversidade para alimentação. “Será uma oportunidade de conhecermos e trocarmos experiências com cidades tão diversas quanto Nova York, Copenhague e Maceió, que embora pareçam muito distintas, possuem iniciativas de valorização da alimentação escolar com complementariedades”, comenta.
A secretária de alimentação de Nova York, Kate McKenzie, é uma das palestrantes. Com ampla experiência em políticas públicas alimentares, ela vai apresentar o programa Food Forward NYC e os esforços para ampliar o acesso a alimentos saudáveis nas escolas públicas.
Os desafios e as oportunidades da alimentação escolar na América Latina serão tema da apresentação do representante da FAO Brasil, Rafael Zavala. “A política de alimentação escolar está presente em mais de 30 países da região e atende entre 20% e 25% das populações. Em muitos países, temos o desafio da melhoria da qualidade da alimentação escolar, já que ainda há distribuição de alimentos processados, comprados de locais distantes, sem priorizar produtos frescos, como frutas e verduras, no nível local”, conta Zavala.
Para ele, é preciso fomentar as compras públicas de produtos da agricultura familiar, e implementar ações de educação alimentar e nutricional, além de menus cada vez mais adequados e saudáveis. “Reconhecendo todos os avanços obtidos nos últimos anos, não tenho dúvidas de que a alimentação escolar é uma das melhores políticas públicas para promover a transformação dos sistemas alimentares”, avalia.
O professor Bent Egberg Mikkelsen, da Universidade de Copenhague, fala sobre alfabetização alimentar nas escolas, perspectivas do Brasil e da Dinamarca. Mikkelsen atua em parceria com a Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em projeto voltado para “um novo tipo de alfabetização alimentar”, que tem como premissas os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e “a ideia de entender os sistemas alimentares por meio do empoderamento dos jovens”, conforme o professor.
A experiência da capacitação de merendeiras e os impactos na alimentação escolar serão abordados pelo analista de inteligência de negócios do Sebrae Alagoas, Harrison Freitas. As representantes do Instituto Comida do Amanhã Juliana Tangari, Francine Xavier e Mónica Guerra vão discutir as experiências apresentadas.
Para o chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio Veloso, politicas públicas alimentares são fundamentais para garantir qualidade de vida para as populações em todos os países, especialmente aquelas associadas à alimentação escolar. "Precisamos cuidar do nosso futuro, cuidando das nossas crianças, trazendo o tema da alimentação para dentro das escolas, reconhecendo a importância dos agricultores, nutricionistas, merendeiras e gestores públicos. É preciso comer bem para vivermos juntos, e em paz. É uma grande satisfação participarmos do evento, junto com as instituições que trabalhamos em parceria", ressalta.
Durante o Fórum haverá plenárias, sessões paralelas, atividades interativas e a cerimônia de premiação do Pacto de Milão. A participação é gratuita e pode ocorrer de forma presencial ou on-line, exceto no caso do Painel que será apenas presencial. As inscrições podem ser feitas no site do evento. A organização é da Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com o Pacto de Milão.
Dia Mundial da Alimentação
Em 16 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. O propósito é promover uma reflexão sobre segurança alimentar, nutrição e saúde.
Essa data foi escolhida em referência à criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945.
O tema deste ano é “Não deixar ninguém para trás. Melhor nutrição, melhor produção, melhor meio ambiente e uma vida melhor”.
Nadir Rodrigues (MTb 26.948/SP)
Embrapa Alimentos e Territórios
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