O intercâmbio técnico-científico promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência. Visando disseminar conhecimentos acercas de soluções tecnológicas para o desenvolvimento do setor agroindustrial, a Embrapa Agroindústria Tropical esteve presente no 65º Congresso Nacional MIPYMES Competitivas, realizado entre os dias 13 e 14 de outubro, em Barranquilla, Colômbia. O evento, organizado pela Associação Colombiana de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Acopi), objetivou aprofundar a deliberação de políticas públicas diferenciadas para a consolidação econômica e social das pequenas e médias empresa (descritas como pymes, em espanhol). Genésio Vasconcelos, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Agroindústria Tropical, apresentou o case de sucesso da Unidade na área industrial, bem como o papel de políticas públicas do Estado no processo de desenvolvimento das agroindústrias do país. A íntegra da palestra pode ser assistida aqui Vasconcelos destaca os efeitos do trabalho da Embrapa para agregar valor ao Brasil, ao espaço rural e às famílias por meio da projeção de soluções tecnológicas: “O Brasil saiu, na década de 60, de importador de alimentos para exportador de alimentos. A população não tinha acesso a comida, o Brasil não produzia para alimentar sua própria população e a gente desenvolveu ciência e tecnologia agropecuária para utilizar o nosso espaço agrícola e industrial para produzir e processar alimentos”. O chefe geral de TT frisa, ainda, a importância do evento ao comentar a participação de líderes políticos colombianos: “Para você ter uma noção da importância do evento para o país, quem palestrou lá foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, a governadora do Estado do Atlântico, Elsa Nogueira, e o prefeito de Barranquilla, Jaime Pumarejo. O evento é um movimento que une a iniciativa privada e o governo em prol do desenvolvimento local”. Ações da cajucultura local Além de explorar a experiência da Embrapa como um núcleo de produção científica, Genésio Vasconcelos aproveitou sua ida à Colômbia para conhecer iniciativas no Estado do Atlântico voltados à cajucultura. “O estado já possui um cultivo de caju, porém ainda incipiente. Atualmente estima-se que eles possuam uma área de colheita de aproximadamente 60 hectares de caju, mas eles querem multiplicar por dez esse valor”, complementa. Genésio explica que a Colômbia prevê iniciar a sua produção de castanha. O país é demandante de castanha de caju e não se consome o pedúnculo porque as variedades existentes no país são muito adstringentes. No entanto, a Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária (Agrosavia) já desenvolveu três clones de cajueiro que estão sendo difundidos na Colômbia para incentivar o plantio, o consumo da castanha e iniciar, por fim, o consumo do pedúnculo. Além da participação no evento, Vasconcelos ressalta um outro objetivo de sua visita à Colômbia: “O objetivo é estreitar ainda mais esse contato com o país, trocar informações e saber o que acontece mundo afora. E que possamos conectar as instituições de pesquisa da América do Sul e estabelecer uma relação de troca de informações que esteja em uma relação de ganho mútuo, ou seja, que possamos não só levar conhecimentos, como também absorver”.