Missão avalia qualidade pós-colheita de cultivares testadas em Moçambique
Missão avalia qualidade pós-colheita de cultivares testadas em Moçambique
Para cumprir o componente de pós-colheita e processamento do "Projeto de apoio técnico aos programas de nutrição e segurança alimentar de Moçambique", uma equipe da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF) realizou uma missão técnica entre os dias 1º e 8 de dezembro, em Maputo, capital do país africano. O objetivo foi avaliar, em termos de qualidade pós-colheita, as cultivares de tomate e pimentão testadas nas condições de clima e solo moçambicanas.
De acordo com a engenheira agrônoma Neide Botrel, pesquisadora da Embrapa Hortaliças, os produtos foram analisados em relação aos aspectos físicos (tamanho, formato e coloração) e qualitativos (pH, sólidos solúveis e sólidos totais). "No geral, as cultivares adaptaram-se muito bem e os resultados observados foram positivos. Na etapa seguinte, vamos verificar o tempo de vida útil desses produtos porque não adianta apresentarem qualidade se o tempo de conservação pós-colheita é reduzido", explica.
O mercado de hortaliças de Maputo carece de produtos com maior período de conservação, principalmente para a entressafra, quando há dificuldade de suprir a demanda existente. Assim, a seleção de materiais que durem mais tempo é imperativa para a continuidade de oferta.
Além de selecionar cultivares com boa qualidade e conservação pós-colheita, objetiva-se também indicar materiais com potencial para processamento. "A Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ) vai desenvolver atividades relacionadas a produtos de valor agregado como molhos e tomate seco, por exemplo", complementa a pesquisadora. No projeto, estão previstas ainda a aplicação de testes de aceitação das cultivares brasileiras no mercado de Maputo e a estruturação de um laboratório pós-colheita no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM).
Quanto a participar de uma missão em prol do desenvolvimento hortícola de Moçambique, Neide relata que, apesar das dificuldades, os resultados obtidos compensam todo o esforço. "Colaborar com regiões mais carentes é algo que me move. Existe uma troca de conhecimentos e experiências que dão uma grande satisfação e estimula você a encarar o desafio novamente", confessa.
A iniciativa
O "Projeto de apoio técnico aos programas de nutrição e segurança alimentar de Moçambique" é uma cooperação trilateral entre Brasil, Estados Unidos e Moçambique. Financiada pelos governos do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e dos Estados Unidos, via Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), a iniciativa tem como representante do governo moçambicano o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM). No Brasil, é coordenada pela Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa e executada pela Embrapa Hortaliças (Brasília/DF) e pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ). O projeto conta com ações em todo o circuito de produção e consumo de hortaliças em Moçambique, em três componentes principais: estudos sócio-econômicos, sistemas de produção, além de pós-colheita e processamento.
Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP)
Embrapa Hortaliças
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