Funai e povo Xokó conhecem potencial da leguminosa gliricídia em SE
Funai e povo Xokó conhecem potencial da leguminosa gliricídia em SE
Foto: Adriane Amaral
Samuel (à dir.) apresentou potencialidades e usos da gliricídia aos visitantes da Funai e povo Xokó
A Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) recebeu, na quarta (14), a visita de representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do povo originário da etnia Xokó, para conhecer as potencialidades da leguminosa Gliricidia sepium.
O objetivo é estabelecer uma parceria técnica para implantação de plantio de gliricídia na aldeia do povo Xokó, na lha de São Pedro, em Porto da Folha, no Alto Sertão Sergipano.
O chefe da Coordenação Técnica Local (CTL) da Funai em Porto da Folha, Josinaldo Ribeiro, visitou a Unidade da Embrapa acompanhado do um representante do povo Xokó Franklin Melo Freitas. Eles foram recebidos pelo analista de Transferência de Tecnologia Samuel Souza, que vem atuando em projetos para desenvolver novas tecnologias agropecuárias com uso da gliricídia de forma integrada.
Samuel apresentou as vantagens e desafios do uso da gliricídia, abordando as etapas do processo de produção, como a escolha das sementes e o manejo da leguminosa no campo.
Após a apresentação, Souza levou os visitantes para conhecer de perto a gliricídia em campo, plantada na Unidade da Embrapa em Aracaju, além de mudas na casa de vegetação e sementes em processo de conservação.
O antropólogo e servidor da Coordenação Regional da Funai em Maceió (AL) Gilberto da Silva, que articulou a visita à Embrapa, vem realizando ações e projetos de etnodesenvolvimento com o povo indígena da Ilha de São Pedro.
"Sou entusiasta das ações da Embrapa no que se refere a tecnologias para convivência com o Semiárido, especialmente os cursos e demonstrações sobre o plantio de gliricídia, inclusive sou aluno dos cursos on-line da Embrapa na plataforma e-Campo. Através da Funai, executamos ações e projetos de etnodesenvolvimento junto aos indígenas do grupo étnico Xokó. Dentre essas ações, buscamos apoiar as iniciativas que envolvem novas tecnologias relacionadas a convivência com a seca – inclusive temos um plantio experimental e produção de sementes da espécie Moringa oleifera", destaca o antropólogo.
Gliricídia
Originária do México e América Central, a Gliricidia sepium vem sendo objeto de diversas pesquisas lideradas pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) com foco em sistemas integrados para a região Nordeste.
Esses estudos já começam a resultar em soluções tecnológicas sustentáveis que integram a planta arbustiva como componente de múltipla aplicação em sistemas de Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (ILPF), com destaque para o seu valor proteico, rápido crescimento, multiplicação por estacas e resistência a seca, com aptidão para formação de cerca viva, fixação de nitrogênio no solo e componente alimentar para os animais.
“A gliricídia resiste bem à seca e é uma boa fonte de proteína para os animais”, afirma o pesquisador José Henrique Rangel, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), que lidera projetos de ILPF para o Nordeste, desenvolvendo soluções adaptadas tanto ao litoral e agreste, áreas mais úmidas, quanto no Semiárido, onde as chuvas são escassas.
A leguminosa é muito prática. Além de se reproduzir por meio de semente, basta uma estaca em uma cova e forma-se uma nova planta, que em pouco tempo estará repleta de folhas comestíveis para os animais. Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
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