Em seu cinquentenário, Embrapa recebe homenagem da AL-MS
Em seu cinquentenário, Embrapa recebe homenagem da AL-MS
Foto: AL-MS
Durante a Sessão, serão homenageadas as três Unidades da Embrapa localizadas em MS, em reconhecimento ao trabalho dedicado à ciência e à inovação.
No ano em que comemora 50 anos de existência, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa recebe homenagem, em Sessão Solene, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, no dia 6 de julho, proposta pelo deputado estadual Neno Razuk, endossada pelo presidente da Casa, Gerson Claro. O Estado é sede de três Unidades da Embrapa – Agropecuária Oeste (Dourados), Gado de Corte (Campo Grande) e Pantanal (Corumbá) e um polo agroindustrial, que conta com as soluções tecnológicas desenvolvidas pela estatal, ao longo das décadas, para impulsionar o setor.
“Antes das contribuições tecnológicas que conseguimos desenvolver em prol da agropecuária sul-mato-grossense e brasileira, saliento que foi com a sociedade local, com representantes das cadeias produtivas locais que nós pesquisadores, muitos dos quais ainda muito jovens, e vindos de diferentes regiões do país, tivemos as nossas primeiras lições, as nossas primeiras aulas-práticas sobre os sistemas de produção característicos do Estado, onde ocorrem três dos nossos ricos biomas: Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica”, enfatiza Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte.
Durante a Sessão, serão homenageadas com o diploma da Ordem Honorífica de Mérito Guaicurus as três Unidades da Embrapa localizadas em MS, em reconhecimento ao trabalho dedicado à ciência e à inovação. Única mulher, atualmente no cargo de chefia-geral na empresa em MS, Suzana Salis reforça que “as contribuições das três Unidades presentes no Estado ultrapassam as fronteiras do Mato Grosso do Sul gerando conhecimentos que contribuem para o desenvolvimento de várias cadeias do agronegócio do Brasil”.
Além disso, empregados da Empresa também receberão diplomas de Honra ao Mérito por sua contribuição à pesquisa nacional. Hoje, o quadro da instituição é formado por, aproximadamente, 7,7 mil empregados, no qual 32% são mulheres e 39% negros (autodeclaração), divididos entre pesquisadores e funcionários de apoio e suporte.
História e relevância social
Criada em 26 de abril de 1973, a Embrapa atua por meio de 43 Centros de Pesquisa. Da criação até o momento, a safra de grãos cresceu, exponencialmente. Também houve aumento na produção e na produtividade da pecuária bovina, suína, caprina, ovina e avícola. A oferta de leite, couro, pele, embutidos, queijo e ovos seguiu o mesmo caminho, bem como em hortaliças, frutas, flores, fibras e essências florestais.
Por sua vez, o balanço social de 2022 mostra que a Embrapa ofereceu ao País um lucro social de R$ 125,88 bilhões, apurado com base nos impactos de uma amostra de 172 tecnologias, analisadas nesta 26ª edição.
Harley Nonato, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste explica que desde 1997 a Embrapa entrega, anualmente, à sociedade, o Balanço Social, “que é uma forma de manifestar qualitativa e quantitativamente os compromissos da Empresa e sua capacidade de proporcionar bem-estar aos empregados, aumentar a riqueza produtiva e tecnológica do País, diminuindo assim as desigualdades sociais”. Em 26 anos, o retorno à sociedade para cada real aplicado na instituição saiu de R$ 3,66 para R$ 34,70, em 2022.
Sobre Embrapa Agropecuária Oeste
As atividades desenvolvidas pela Unidade em Dourados começaram com o melhoramento genético e no desenvolvimento de cultivares/variedades adaptadas às condições locais. As pesquisas se concentraram em culturas como arroz, feijão, milho, algodão e, especialmente, nas de soja e trigo, com destaque para a publicação, em julho de 1975, do documento Sistemas de Produção de Soja e Trigo, base técnica de consultas.
A partir da década de 80, novos projetos foram elaborados, focados em sistemas de produção e não apenas em culturas isoladas. Trabalhos desenvolvidos em parceria com os produtores resultaram no Sistema Plantio Direto (SPD). Com atuação ecorregional, hoje, entre os estudos desenvolvidos, destacam-se: consórcio milho-braquiária, soja, cana-de-açúcar, culturas de inverno e plantas de cobertura, além trabalhos de validação do algodão, mandioca, trigo, aveia e sorgo e testes de viabilidade e potencial produtivo de girassol, amendoim, feijão, feijão-caupi e grão-de-bico.
Sobre Embrapa Gado de Corte
Em 1977, quando foi fundada, o rebanho bovino do País possuía pouco mais de 107 milhões de cabeças. A produtividade da bovinocultura de corte, além de baixa, não apresentava crescimento e não atendia aos mercados interno e externo. Para mudar a realidade foi necessário investir em pesquisa.
Entre as principais entregas destacam-se cultivares de forrageiras lançadas dos gêneros brachiaria, panicum e estilosantes. No Brasil, cerca de 80% das sementes de forrageiras comercializadas são de cultivares oriundas de projetos de melhoramento coordenados pela Unidade. Além dos trabalhos com melhoramento genético animal, iniciados desde a fundação em 77, protocolos nutricionais, sanitários e de sistemas de produção, e a chegada da pecuária de precisão.
Sobre Embrapa Pantanal
A Unidade de Corumbá concentra suas pesquisas no bioma que é a razão de sua existência. Cenário de uma rica biodiversidade, o Pantanal precisa ser explorado de maneira sustentável. As pesquisas são realizadas para gerar informações e tecnologias que preservem e conservem os recursos naturais (flora, fauna e solos) da região; e aumentar a produtividade e lucratividade dos sistemas produtivos pantaneiros.
Com visão conservacionista, as principais áreas em que a Embrapa Pantanal desenvolve estudos são: flora e paisagens do Pantanal, impactos ambientais, queimadas, apicultura, pecuária de corte, recursos pesqueiros, pesquisas ecológicas de longa duração e recursos hídricos.
Assessorias - Agropecuária Oeste, Gado de Corte e Pantanal (.)
Embrapa
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