07/07/23 |

Legislativo do MS realiza Sessão Solene em homenagem à Embrapa

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Foto: AL-MS

AL-MS - Empregados homenageados durante a Solenidade de 50 anos no plenário Júlio Maia.

Empregados homenageados durante a Solenidade de 50 anos no plenário Júlio Maia.

Nesta quinta-feira, dia 6, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa foi homenageada em Sessão Solene, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), por seus 50 anos de criação, completados em abril deste ano. Com o plenário Júlio Maia lotado, a cerimônia teve a presença de empregados da Empresa, familiares, autoridades civis e políticas e lideranças dos setores técnico-científico e agropecuário.

A Sessão, aberta ao público e à imprensa, foi conduzida pelo proponente o deputado estadual Neno Razuk e teve mesa oficial formada pelo deputado Coronel David; vice-governador Barbosinha; presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Marcus Vinícius Sidoruk; presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni; e pelo desembargador Odemilson Fassa. 

Também estavam à mesa, os chefes-gerais das Unidades de MS - Agropecuária Oeste (Dourados), Gado de Corte (Campo Grande) e Pantanal (Corumbá). “É um momento para comemorar, valorizar, relembrar e refletir sobre o que foi trilhado até agora e aqueles que estiveram conosco nesse caminho. A Embrapa esteve e está integrada ao Estado de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de, cada vez mais, desenvolver tecnologias sustentáveis e que tragam segurança alimentar para o País”, afirmou Harley Nonato, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, que na ocasião representou a diretora-presidente da Empresa, Silvia Massruhá. 

Os gestores lembraram a situação do Brasil, quando da criação da entidade, e sua evolução de um país importador de alimentos para exportador de grãos e carne. “Hoje o saber está no prato do brasileiro e cada colaborador da instituição faz parte disso. O que seria do nosso bioma Pantanal sem a Embrapa? Ou do MS Estado Carbono Neutro sem as três Unidades instaladas aqui? São reflexões que devemos fazer”, convidou José Carlos Barbosa (Barbosinha), vice-governador de MS.

Com um lucro social de R$ 125,88 bilhões, fechado em 2022, a instituição devolve cada real aplicado em R$ 34,70 à sociedade, conforme dados do Balanço Social. Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, conta que somente a Unidade que gerencia "dá um retorno de 227 reais e 30 centavos para cada real investido no Centro". Ele reforçou a parcela de contribuição deixada para o alcance desses resultados, por cada um dos funcionários.  

Na plateia estava o pesquisador aposentado Saladino Gonçalves Nunes, que representou a Embrapa no então Estado de Mato Grosso, entre os anos de 1974 e 1975. Dessa forma, colaborou diretamente na fundação das Unidades, sendo também um dos responsáveis por dar nome à primeira braquiária apresentada pela organização, a cultivar Marandu, em 1984; e pelos saleiros automáticos para bovinos.

Essa vontade de fazer a mudança encontrada em Saladino foi observada igualmente no ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, falecido recentemente, e são exemplos apontados por Marcelo Bertoni, presidente do Sistema Famasul. Para o produtor, a mudança continua e hoje coloca Mato Grosso do Sul como referência em sistemas integrados de produção, graças à Ciência e Tecnologia. 

Homenagem a empregados
Os centros de pesquisa contabilizam, aproximadamente, 450 colaboradores, entre pesquisadores e suporte à pesquisa e apoio. Nunes foi um dos homenageados, ao lado de Valéria Pacheco, Edson Cardoso, Ari Charão, Ecila Lima, Eliete do Nascimento, Júlio Leal, Gessi Ceccon, Júlio Salton, Wibert de Avellar, Henrique de Jesus, Luiz Edevaldo Britto e José Aníbal Comastri.

Ecila Lima e Valeria Pacheco, ambas com 47 anos de atuação na estatal, integram a equipe da Embrapa Gado de Corte. Ecila já foi secretária, editora e, atualmente, é responsável por contratos. “Encontrei mentores que me guiaram e colegas que se tornaram amigos. Juntos, enfrentamos desafios, celebramos conquistas e construímos um legado de excelência que nos coloca como referência no cenário agrícola nacional e internacional”, manifestou a técnica. 

O sentimento de satisfação é compartilhado com Valeria. Ela ressaltou a trajetória dos colegas, sem os quais suas próprias conquistas não se realizariam e acredita que “parte deste legado foram as cultivares forrageiras disponibilizadas para os sistemas de produção dos bovinos, e o uso estratégico de pastagens e suplementos alimentares visando à intensificação sustentável das pastagens no bioma Cerrado”. Os estudos desenvolvidos pela pesquisadora em manejo de pastagens serviram de base para a elaboração da régua de manejo, disponível no mercado.

Da Capital para a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, e os trabalhos da Embrapa Pantanal que ao considerar as peculiaridades da região conseguiu desenvolver experimentos, reduzir os impactos ambientais e avançar em ações com as comunidades pantaneiras. Assim chegou à disposição em aprender a Henrique de Jesus, que completou 37 anos na Embrapa Pantanal. 

No campo experimental Fazenda Nhumirim, Pantanal da Nhecolândia, ele residiu por dez anos com a família. Nessa época, a região não contava com energia elétrica, como recordou a chefe-geral Suzana Salis, sendo “necessário estudar e conhecer bem o Bioma para seguir trabalhando”. Isso foi o que fez Henrique e somente a partir da doma racional, ele conseguiu ‘se comunicar’ com os cavalos pantaneiros. 

Satisfação, aprendizado e, claro, reconhecimento. Esse último se fez latente no técnico agrícola Júlio Leal. Contando até os meses que faltam para completar 44 anos de atuação na Embrapa Agropecuária Oeste, Júlio contribuiu em projetos voltados às culturas da mandioca, soja e feijão e aos sistemas integrados de produção. Ao lado de esposa, filhos e netos, a Empresa é sua segunda família e o prazer de vê-la chegando aos 50 anos é recompensador.

Autoridades presentes

Representantes de diversas entidades da sociedade civil e pública compareceram à cerimônia legislativa, entre elas: da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), do Sindicato Rural de Dourados, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MS), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MS), do Instituto Federal de MS - Campus Aquidauana (IFMS-MS), da Câmara de Vereadores de Dourados, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - Escritório Regional MS (ABCZ), das Polícias Militar e Corpo de Bombeiros, da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Semadesc-Agraer) e da Superintendência de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semadesc (Governo do Estado de MS).

Reportagem - TV ALMS

Fotos - Rodrigo Alva

Fotos - ALMS

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa

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