11/12/15 |   Agroindústria  Comunicação  Estudos socioeconômicos e ambientais  Transferência de Tecnologia

Cultivar de açaizeiro BRS Pará já gerou R$ 36 mi de benefícios

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Foto: Everaldo Nascimento

Everaldo Nascimento - Estudo revela impacto socioeconômico da cultivar da Embrapa

Estudo revela impacto socioeconômico da cultivar da Embrapa

Um estudo da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) sobre o impacto socioeconômico gerado pela BRS Pará - única cultivar de açaizeiro existente no mercado, lançada em 2004 pela instituição de pesquisa - revela que a adoção da tecnologia já gerou um benefício de mais de R$ 36 milhões à cadeia produtiva.

A disponibilização da BRS Pará aos produtores, há 11 anos, acelerou a expansão das áreas cultivadas para além das fronteiras da Amazônia, região de origem do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Em 2014, a cultivar já estava presente em cultivos de açaí nas cinco regiões brasileiras, somando mais de 28 mil hectares de área plantada, concentrados principalmente em 13 estados.

No ano passado, só no Pará, que é o maior produtor nacional de açaí, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a produção foi de quase 796 mil toneladas, incluídos aí, sem distinção, os frutos oriundos de açaizais nativos (extrativismo ou manejo) e de cultivos.

Antes da cultivar de terra firme BRS Pará, as sementes existentes eram de baixo potencial produtivo. Foi preciso um trabalho de melhoramento genético, iniciado nos anos 1980 pela Embrapa, para conferir maior produtividade, precocidade na produção, maior rendimento de polpa ao açaí e estatura baixa - todas características demandadas por esse segmento de mercado, que entrou em franco crescimento no Brasil e no mundo na década de 1990, a partir do reconhecimento e valorização das propriedades nutricionais do fruto do açaizeiro.

A cultivar BRS Pará gera efeito positivo na renda, proporcionando maior estabilidade ao produtor, além de segurança alimentar e de incremento à agroindústria do açaí. Frutifica cedo, no terceiro ano já começa a produzir. O rendimento de polpa varia de 15 a 25%. A partir do oitavo ano de plantio alcança produtividade anual de 10 toneladas por hectare. Tem também por diferencial a estatura de planta baixa, que contribui na eficiência operacional durante o processo de colheita dos frutos.

Tecnologia em Números

Os dados sobre o impacto socioeconômico da cultivar BRS Pará foram levantados e organizados em um relatório pela equipe do Setor de Prospecção de Avaliação de Tecnologia da unidade da Embrapa sediada em Belém. As informações são encontradas de forma simplificada na série de mini-folderes "Tecnologia em Números", iniciada pela Embrapa Amazônia Oriental em 2015 para divulgar à sociedade, em linguagem objetiva e ilustrada, os benefícios e impactos das tecnologias lançadas pela instituição.

Se o primeiro número da série foi dedicado à cultivar de açaizeiro, o segundo destaca o Trio da Produtividade na Cultura da Mandioca, uma tecnologia de processo lançada em 2007 que pode duplicar a produtividade da principal cultura dos agricultores familiares paraenses. A terceira tecnologia da série será Manejo de Açaizais Nativos.

Forum Econômico

O III Festival do Açaí, promovido pela Prefeitura de Belém, acontece neste final de semana (dias 12 e 13) na capital paraense, onde dados da Secretaria Municipal de Economia (Secon) apontam a existência de cerca de cinco mil pontos de vendas de açaí.

O festival foi precedido pelo 1º Forum Econômico do Açaí, nos dias 10 e 11, no qual a Embrapa se fez presente com palestrantes. O evento reuniu agricultores, batedores, exportadores, comunidade científica e o setor público em torno de discussões e da elaboração de propostas de políticas municipais que dinamizem a produção, comercialização, armazenamento, transporte e consumo do açaí.

Quatro palestrantes da Embrapa Amazônia Oriental falaram no fórum: os pesquisadores João Tomé de Farias Neto (sobre sustentabilidade produtiva do açaizeiro, com foco na produção intensiva em terra firme), Sônia Botelho (compostagem a partir dos resíduos sólidos/caroços do açaí) e Noemi Leão (técnicas de beneficiamento de sementes), que também coordenou uma oficina de biojoias com sementes de açaí. O analista Antônio Leite de Queiroz discorreu sobre a produção do fruto em área de várzea. 

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental

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