Embrapa apresenta inovações tecnológicas no PECNORDESTE 2024
Embrapa apresenta inovações tecnológicas no PECNORDESTE 2024
Foto: Ricardo Moura
Seminário é uma oportunidade para o público em geral e especializado conhecer as tecnologias da Embrapa
A Embrapa estará presente na 27ª edição do Seminário Nordestino do Agro - PECNORDESTE. O evento ocorrerá entre os dias 06 e 08 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O evento contará com um panorama das soluções tecnológicas desenvolvidas pela Embrapa para as áreas de cajucultura, fruticultura, agroindústria e caprinovinocultura.
A Embrapa Agroindústria Tropical, de Fortaleza (CE) irá expor tecnologias destinadas ao cultivo de alto rendimento, processamento industrial, agregação de valor a coprodutos e matérias-primas tropicais. O BRS 555, clone de cajueiro-anão, será apresentado como alternativa para a cajucultura de alta produção para regiões de altitude. O processamento de água de coco envasada é mais um exemplo de tecnologia que busca atender as demandas do mercado.
No segmento de agregação de valor à matéria-prima tropical, serão apresentados produtos obtidos a partir de babaçu, pitaya, algas marinhas e caju serão mostradas as formulações de bebida vegetal, análogo de queijo, barrinha de proteína, ‘colouring food’ (alimento de confere cor, corante) e itens prontos congelados como quibe e vatapá.
A Embrapa Caprinos e Ovinos, de Sobral (CE), trará para o PECNORDESTE a inovação dos queijos de leite de cabra e tecnologias digitais sobre produção para caprinos e ovinos. Os visitantes da feira poderão, ainda, degustar queijos fabricados a partir de processos recomendados pela Embrapa. Duas tecnologias digitais também serão demonstradas no estande: o Hub Virtual de Caprinos e Ovinos e os óculos de Realidade Virtual Aumentada de ILPF.
Conheça os ativos que serão apresentados pela Embrapa no PECNORDESTE:
Bebida vegetal de amêndoa de babaçu
Alternativa a derivados de leite para quem não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais, a bebida é obtida a partir da trituração do babaçu em água. O produto apresentou bom desempenho em testes de análise sensorial. O ativo representa nova opção de geração de renda para as organizações comunitárias de quebradeiras de coco do Maranhão.
Concentrado vermelho-violeta de pitaya
Um concentrado vermelho-violeta intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, e que faz bem à saúde. Desenvolvido a partir da pitaya, da variedade Hylocereus polyrhizus (casca e polpa vermelhas), o produto está pronto para elevação de escala tecnológica junto a empresas interessadas em sua produção como alternativa promissora para o mercado de corantes. Dependendo da concentração, confere diferentes nuances de vermelho, violeta e rosa e pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, cosmética e de fármacos, entre outras.
Água de coco envasada
A água de coco envasada é um exemplo de processo agroindustrial. Essa tecnologia tem por objetivo aumentar o tempo de prateleira da água de coco, possibilitando que o produto atenda mercados distantes dos polos de produção, sem alterações nas características físico-químicas do produto em meio ao processo de armazenamento, distribuição e transporte.
Queijos de leite de cabra
Os queijos de leite de cabra podem ser produzidos por diferentes processos e utilizando ingredientes alternativos e/ou funcionais, como: tipo coalho com ervas aromatizantes; tipo coalho com óleo de pequi; tipo andino; tipo coalho maturado e defumado; tipo coalho com probióticos; tipo cremoso com probióticos; tipo minas frescal probiótico; entre outros. Os queijos de leite de cabra com adição de ingredientes alternativos apresentam a vantagem de possuir características sensoriais diferenciadas pelo tipo de condimento utilizado antes da maturação e pelas propriedades nutracêuticas presentes nos alimentos funcionais.
Óleo de amêndoa de castanha de caju (ACC)
Rico em ácidos graxos insaturados, o produto apresenta sabor e aroma característicos da amêndoa da castanha-de-caju. Recomendado para uso em saladas e finalização de pratos, é uma alternativa ao azeite de oliva ou a outros óleos de amêndoas, como macadâmia e castanha-do-pará. Além de fazer bem à saúde, o novo óleo resolve um problema da indústria de processamento de caju: a agregação de valor às amêndoas quebradas.
Clone de cajueiro-anão BRS 555
O BRS 555 é o mais recente clone de cajueiro-anão desenvolvido pela Embrapa. Recomendado para o semiárido serrano do estado do Rio Grande do Norte, o clone demonstrou elevado potencial produtivo, com uma média de 2,7 mil quilos por hectare (kg/ha) de castanha do sexto ao nono ano de produção. A nova variedade é a resistência à broca-do-tronco (Marshallius anacardii), praga com forte incidência e severidade na área serrana e que provoca a redução da copa, da estatura de plantas e, consequentemente, da produção.
Cultivo de tomate em substrato de casca de coco
O cultivo protegido em substrato é uma alternativa que promove melhorias em diversos aspectos da tomaticultura. No método, o cultivo é realizado em estufas teladas e as necessidades hídricas e nutricionais das plantas são supridas com a aplicação de soluções nutritivas.
Banco de Germoplasma de Caju - BAG Caju
Em funcionamento há mais de 50 anos, o BAG Caju apresenta uma coleção formada por mais de 700 acessos e disponibiliza uma base genética que vem sendo utilizada para auxiliar no desenvolvimento de cultivares para diferentes fins, ambientes e condições de cultivo. Seja em laboratório ou no campo, os estudos buscam catalogar, monitorar e preservar as melhores características da variabilidade genética do cajueiro.
Hub Virtual de Caprinos e Ovinos
O Hub é uma ferramenta integrante da plataforma Ater+ Digital e reúne conteúdos on-line, como vídeos, áudios, cartilhas, cursos e web stories relacionados a caprinocultura e ovinocultura, para dinamizar o trabalho de técnicos extensionistas que trabalham com essas atividades. O objetivo é facilitar acesso de técnicos e agricultores familiares às inovações tecnológicas, com acesso à plataforma que pode ser feito inclusive via celulares e tablets.
Óculos de Realidade Virtual Aumentada de ILPF
Os óculos de realidade virtual aumentada permitirão ao visitante do Pecnordeste a experiência de conhecer uma fazenda virtual que utiliza sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e interagir com este ambiente. O ILPF é um sistema de produção que permite conciliar as produções agrícola e pecuária com o uso sustentável da vegetação nativa, sendo uma alternativa para diversificar a geração de renda dos produtores e gerar benefícios ambientais.
Análogo a queijo cremoso simbiótico de amêndoas de castanha de caju
O análogo a queijo cremoso simbiótico à base de amêndoas de castanha de caju pode substituir o queijo tradicional para quem tem restrição alimentar ou não deseja consumir lácteos tradicionais. Produzido a partir de amêndoas quebradas, que apresentam menor valor de mercado, o produto é enriquecido com prebiótico (FOS comercial) e probiótico (Bifidobacterium animalis subsp. lactis), o que o caracteriza como produto funcional. Em testes de análise sensorial, apresentou boa aceitação global e intenção de compra.
Barra proteica de amêndoa de castanha de caju e yacon
A barra proteica apresenta 24% de proteína e é elaborada a partir da torta parcialmente desengordurada da amêndoa de castanha de caju, co-produto do processamento para a extração do óleo. Alternativa a barras proteicas disponíveis no mercado, o produto clean-label utiliza poucos ingredientes em sua formulação. É elaborado com proteína de amêndoa de castanha de caju adicionada de oligossacarídeos prebióticos (FOS) provenientes do yacon.
Vatapá à base de fibra de caju
O alimento industrial vegetal é formulado com a fibra de pedúnculo de caju e outros ingredientes, com estabilidade avaliada até 80 dias sob congelamento (-18 °C), podendo acompanhar outros alimentos da refeição. O ativo atende à demanda de empresas interessadas em produzir alimentos para o público vegano, vegetariano ou interessado em diminuir consumo de alimentos de origem animal. É encontrado congelado em pacotes plásticos de polietileno, pronto para consumo diretamente após aquecimento em micro-ondas ou panela.
Quibe à base de fibra de caju e proteína de alga
Produto plant-based formulado com a fibra de pedúnculo de caju adicionada de proteína de macroalga liofilizada, além de temperos utilizados no quibe tradicional. Pode ser consumido diretamente após assado, como petisco, acompanhado de saladas, ou seja, de forma semelhante ao quibe tradicional. Sua estabilidade foi avaliada em até 180 dias sob congelamento (-18 °C), mostrando boa aceitação do produto. A tecnologia tem indicado que pode ser adotada por empresas produtoras de alimentos plant-based, como mais um produto com proteínas alternativas. Destaca-se pela alta praticidade de preparo, por sua apresentação em embalagem pronta para ir ao forno.
Ricardo Moura (DRT 1618 JPCE)
Embrapa Agroindústria Tropical
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Lindemberg Bernardo (estagiário de jornalismo)
Embrapa Agroindústria Tropical
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