27/05/24 |   Transferência de Tecnologia

Pequenos produtores alagoanos partilham boas práticas em mandioca

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Foto: Sebrae/AL

Sebrae/AL - Joselito (à dir.) demonstra preparo de tapiocas coloridas

Joselito (à dir.) demonstra preparo de tapiocas coloridas

Cerca de 60 pequenos produtores assentados de Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, em Alagoas, participaram, nos dias 22 e 23 de maio, da ‘Capacitação em Produção e Processamento de Raízes de Mandioca – Aumento da Produtividade da Mandioca e Usos e Boas Práticas de Fabricação de Produtos da Mandioca’.

Promovido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) em parceria com o Sebrae/AL e a Prefeitura de Delmiro Gouveia, o evento teve como objetivo principal capacitar os agricultores familiares na produção e preparo de produtos a base da mandioca, além de apresentar práticas sustentáveis e atuais no sistema de produção da raiz. 

A programação do dia 22, em Delmiro Gouveia, contou com o pesquisador Joselito Motta, que apresentou a imensa versatilidade do uso da mandioca na fabricação de alimentos para todos os gostos, com a oficina de boas práticas de fabricação de farinha, goma e tapiocas coloridas. 

Na manhã do dia 23, em Santana do Ipanema, o pesquisador Antonio Santiago abordou boas práticas no sistema de produção em campo com foco no aumento de produtividade, discutindo temas como seleção de área e manivas, espaçamentos, adubação e controle das principais pragas, além de apresentar soluções como o Sistema Supri Mato e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura na região.

À tarde, o pesquisador Joselito repetiu a oficina de fabricação de alimentos para as famílias agricultoras do município. 
 
Mandioca em Alagoas
A cadeia produtiva da mandioca em Alagoas ocupa papel de destaque, tanto no campo econômico como social. Ocupando aproximadamente uma área de 39 mil hectares, produz matéria prima para fabricação de farinhas, goma e bolos, além de constituinte de alimentos para rebanhos de bovinos e ovinos. 

Com a chegada de duas indústrias de produtos de mandioca ao estado, o perfil dos produtores está mudando, pois há a exigência de as raízes apresentarem maiores teores de amido e altas produtividades. Por outro lado, a busca por aumento da sustentabilidade ambiental também está sendo exigida principalmente pelos consumidores finais, especialmente quando os produtores são da agricultura familiar que vem adotando a produção orgânica. 

A produção de macaxeira e alguns derivados, a exemplo de bolos, tapiocas e broas, é comercializada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal ou do Governo de Alagoas, o que demonstra a existência de um mercado garantido para os agricultores familiares que produzem a cultura da mandioca. 

Embora haja uma elevação da área plantada nos municípios do Agreste Alagoano e consequentemente a renda dos produtores, a produtividade de raízes não é elevada, ficando em torno de 13 t/ha, sendo menor nos municípios do Sertão. Essa situação só será mudada se houver tecnologias adaptáveis para os agricultores e sua efetiva adoção.

Saulo Coelho (Mtb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros

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