Iniciado em outubro de 2011, o projeto REDEMAÇÃ foi coordenado pela Embrapa Uva e Vinho e contou com uma equipe formada por mais de 30 pesquisadores vinculados às seguintes instituições: Embrapa (Uva e Vinho e Instrumentação Agropecuária), EPAGRI, , UFSC, UDESC e ESALQ, que atuam em pesquisa sobre maçã e fruticultura. O Projeto teve por objetivo implementar a Rede de Pesquisas em Maçãs – REDEMAÇÃ, para o contínuo desenvolvimento de pesquisas orientadas para saltos de produtividade, melhoria da qualidade e aumento do valor agregado da maçã, com vistas ao aumento da competitividade e da sustentabilidade do setor produtivo, através da rede regional de pesquisa. Para isto, foram desenvolvidas ações visando gerar conhecimentos e tecnologias para o manejo das principais pragas e doenças da macieira, racionalização do uso de agrotóxicos, melhoria do manejo de pomares estabelecidos em alta densidade e diminuição das perdas nos pomares e em pós-colheita, de forma a disponibilizar instrumentos para apoio à tomada de decisões pelos técnicos e produtores do setor da maçã. Destacam-se como principais resultados obtidos: tecnologias para reduzir os danos causados por "grandes lagartas"; caracterização de variáveis climáticas relacionadas com a quantidade de inóculo na ocorrência de doenças da macieira; validação de modelos de alerta para a doença Mancha Foliar da Gala; estabelecimento de estratégias de controle das doenças Sarna da Macieira e “Olho de Boi”; obtenção de um produto natural ou combinação de produtos que reduzam as podridões em maçãs; identificação de fungicidas com potencial para causar “russeting” em maçãs; definição do período da indução floral de macieiras; indicação da época e das condições ambientais para o período efetivo de polinização; geração de escala das fases fenológicas das flores de macieira; desenvolvimento de modelo de exigências térmicas para superação da dormência de gemas; recomendações técnicas para raleio químico nas cultivares 'Gala' e 'Fuji Suprema'; indicação de cultivares e porta-enxertos de macieira; recomendações técnicas para o uso da irrigação na cultura da macieira; estimativa do início de brotação baseado no monitoramento de frio; recomendações para o aumento da frutificação efetiva da macieira através do uso de reguladores de crescimento; identificação dos níveis de impacto e vibração a que os frutos estão submetidos no transporte; tecnologias para reduzir a incidência de escurecimento da polpa, da escaldadura superficial e da perda da firmeza da polpa. Estas tecnologias irão reduzir os impactos ambientais, pela diminuição e uso mais eficientede agroquímicos e pela recomendação de práticas mais adequadas, aumentar a eficiência da mão-de-obra das atividades de manejo do pomar e reduzir os custos de produção, bem como reduzir as perdas pós-colheita, aumentando com isto a competitividade da maçã no mercado interno e externo.