O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas, com 3 milhões de hectares, que produzem 42,2 milhões de toneladas, no valor de R$ 16,6 bilhões (IBGE, 2009). Em 2010 o Brasil exportou 759 mil toneladas de frutas frescas (IBRAF 2011). Esta diferença entre o que produz e o que exporta, deve-se a vários fatores, entre eles ao grande mercado interno e a qualidade do produto demandado para exportação. As perdas pós-colheita ainda são altas, sendo que alguns estudos apontam números diferentes, mas sempre considerando valores entre 20-30%, podendo ser maiores para alguns produtos de maior perecibilidade e dependente do nível tecnológico aplicado. As causas desta baixa qualidade e elevadas perdas estão relacionadas ao manuseio intensivo, com excessivos impactos, a não presença ou interrupção da cadeia do frio e o não monitoramento do produto desde a colheita até o consumidor, sem, portanto a identificação dos pontos críticos. O objetivo deste trabalho é a aplicação de equipamentos para monitoramento, identificação e controle da qualidade do produto pelo acompanhamento da incidência de impactos, variações de temperatura e perda de água de frutas, utilizando como modelo a maçã. Desta forma, adicional a rastreabilidade do produto, serão geradas informações que forneçam subsídio sobre possíveis alterações na qualidade do produto. Para tanto o projeto será realizado em parceria Embrapa Instrumentação, São Carlos, SP; Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS e Faculdade de Engenharia Elétrica da Unicamp, Campinas, SP e empresas do setor. Os resultados esperados referem-se a aplicação de tecnologia para rastreamento e monitoramento da qualidade da maçã comercializada, com a possibilidade da identificação de possíveis pontos críticos que interfiram em atributos de valoração do produto. Desta forma, contribuindo para a melhoria da conservação da qualidade do produto e competitividade tanto para o mercado interno como externo.