Desenvolvimento tecnológico para a melhoria da qualidade e competitividade dos produtos derivados da mandioca provenientes da agricultura familiar da Região Norte.
Desenvolvimento tecnológico para a melhoria da qualidade e competitividade dos produtos derivados da mandioca provenientes da agricultura familiar da Região Norte.
Durante as etapas de beneficiamento da mandioca, existem alguns fatores críticos que devem ser considerados visando a qualidade e segurança alimentar dos produtos derivados. Entre eles destacam-se o uso indiscriminado de corantes, a presença residual de ácido cianídrico, a ausência de um padrão de qualidade e as condições higiênico-sanitárias das unidades processadoras. O desrespeito às normas técnicas de segurança alimentar está particularmente relacionado à adição costumeira e indiscriminada de corantes sintéticos à produção de farinha por várias unidades processadoras na região norte do país, como já relatado. Tal prática tem como objetivo conferir ou intensificar a coloração amarela, o que, para a maioria dos consumidores locais, torna o produto mais atraente. Porém, esta atividade pode acarretar prejuízos graves e irreversíveis à saúde dos mesmos, pois os corantes utilizados são, em grande parte, empregados sem critério com relação a sua escolha e principalmente a dosagem utilizada. Dada à precariedade da maioria dos equipamentos utilizados, a falta de infrestrutura adequada, conhecimento e aplicação das boas práticas de fabricação, a contaminação microbiológica nos produtos derivados é um risco constante. Destaca-se ainda que a ausência de recursos financeiros disponíveis entre os agricultores familiares é outro fator que dificulta a adequação dessas unidades, de forma a atender as condições higiênico-sanitárias mínimas que assegurem a qualidade e segurança alimentar dos produtos. Face ao exposto, observa-se que o modo de produção dos derivados da mandioca na região norte favorece a contaminação química e microbiológica dos produtos durante o processo produtivo. Além disso, aspectos econômicos (baixa produtividade e valor agregado) e de saúde indicam a necessidade de pesquisas cada vez mais rigorosas sobre as conveniências e os riscos para a população quanto à presença desses contaminantes nos produtos beneficiados. Outro ponto a se destacar é a necessidade de maior agregação de valor aos derivados da mandioca, por meio do desenvolvimento e fabricação de novos produtos (por exemplo barra de cereais, tucupi em pó, etc) ou mesmo o aperfeiçoamento de produtos já desenvolvidos e consagrados pelos consumidores, como o biscoito de goma de mandioca. Assim, a presente proposta tem como objetivo desenvolver, adaptar ou otimizar processos que promovam a melhoria da qualidade dos produtos derivados da mandioca, provenientes da agricultura familiar na região Norte do Brasil, estimulando o desenvolvimento social e econômico sustentável na região.
Ecossistema: Amazônico
Situação: concluído Data de Início: Tue Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2014 Data de Finalização: Sun Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2017
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental
Líder de projeto: Ana Vania Carvalho
Contato: ana-vania.carvalho@embrapa.br
Palavras-chave: Manihot esculenta; processamento; desenvolvimento