Variação no rendimento, na composição em ácidos graxos e no teor de compostos bioativos do óleo de palma produzido por clones F1 e RC1 em diferentes condições climáticas e locais de cultivo

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A palmeira africana Elaeis guineensis (Eg) é responsável pela maior produção de óleo no mundo, superando a soja. No Brasil é cultivada na Amazônia e na Bahia, mas enfrenta problemas como o amarelecimento fatal (AF), responsável por dizimar muitas áreas no país, e que ainda não tem etiologia definida. Na América Central e do Sul, encontra-se também a palmeira Elaeis oleifera (Eo), resistente ao AF, apresentando óleo com alto teor de ácido oléico e maior teor de carotenóides, em relação ao óleo da Elaeis guineensis, mas com baixa produtividade. Para associar a produtividade da espécie africana com a qualidade do óleo e resistência ao AF da espécie americana, tem-se trabalhado no desenvolvimento de híbridos interespecíficos e retrocruzamentos. O primeiro híbrido interespecífico brasileiro, denominado BRS Manicoré, foi lançado oficialmente em 2010 pela Embrapa. Pouco se sabe sobre a variação na composição do óleo dos híbridos e dos retrocruzamentos e pouco se sabe sobre o efeito das condições de cultivo na variação de ácidos graxos, carotenóides e tocoferóis do óleo de polpa do fruto dos híbridos. Existem vários estudos sobre o efeito do ambiente na produção de cachos e na qualidade do cacho, mas não para a composição do óleo. Clones de plantas F1 (E. oleifera x E. guineensis) e RC1 (E. oleifera x E. guineensis) x E. guineensis) foram produzidos por micropropagação “in vitro” pelo Cirad (Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement) a partir de plantas matrizes avaliadas em experimentos de hibridação interespecífica estabelecidos no Campo Experimental do Rio Urubu da Embrapa Amazônia Ocidental (CERU). Estes clones são cultivados em dois locais, próximo de Belém (Empresa Denpasa) e de Manaus (CERU Embrapa), em condições distintas de temperatura, precipitação, insolação e umidade relativa. O óleo de polpa de E. oleifera pode apresentar maior teor de carotenóides e de ácido oléico que o óleo de E. guineensis, enquanto que outros resultados indicam que as condições ambientais (temperatura, precipitação, insolação, entre outros) e o cruzamento que originou o híbrido seriam determinantes na composição do óleo. O óleo dos híbridos interespecíficos de E. oleifera pode ser uma fonte de pro-vitamina A, de tocoferóis e tocotrienóis, com atividade de vitamina E, além da vantagem da presença de maior teor de ácido oléico, favorável quanto à redução de risco de doenças cardiovasculares e que pode ser líquido à temperatura ambiente. Neste projeto, óleos de clones de plantas F1 (Eo x Eg) e RC1 ((Eo x Eg) x Eg), cultivados em dois locais na Amazônia com condições ambientais distintas foram avaliados quanto ao rendimento e qualidade do óleo, composição em ácidos graxos, e teor de carotenóides e tocoferóis. Para os ácidos graxos as diferenças estavam relacionadas aos parentais que geraram as plantas F1 e RC1. Resultados indicam diferenças nos teores de compostos bioativos que em geral, foram maiores na estação de chuva em relação à colheita em período de seca e foram maiores nas amostras colhidas na região de Manaus. Os resultados são relevantes para os projetos de melhoramento de híbrido de palma.

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Tue Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2014 Data de Finalização: Thu Jun 30 00:00:00 GMT-03:00 2016

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Rosemar Antoniassi

Contato: rosemar.antoniassi@embrapa.br