Palma forrageira resistente à cochonilha do carmim na alimentação de vacas em lactação

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Há alguns anos atrás, foi introduzida no Nordeste do Brasil a cochonilha do carmim, uma praga que foi lentamente se expandindo pelos palmais, tendo, na última seca, encontrado condições favoráveis e dizimado ou comprometido a produtividade de milhares de hectares de palma. Curiosamente, o longo período sem seca fez com que os produtores descuidassem da renovação dos seus palmais, gerando, a partir da seca de 2012, um desastre de graves consequências para a economia local. O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco vêm trabalhando com a finalidade de selecionar clones de palma forrageira resistentes à cochonilha do carmim, tendo sido identificados como resistentes os genótipos Orelha de Elefante Mexicana, Miúda, Orelha de Elefante Africana e Sertânia. Do ponto de vista agronômico, a palma Orelha de Elefante Mexicana tem-se mostrado menos exigente em nutrientes, mais tolerante às condições de estresse hídrico e com maior produção de matéria seca (MS) por unidade de área quando comparada à palma miúda que, dentre as resistentes à cochonilha, é a mais conhecida pelos produtores. Por outro lado, há relatos na literatura de menor consumo de MS e consequentemente no desempenho, em vacas consumindo a palma Orelha de Elefante Mexicana, o que parece estar associado a diferentes fatores, como teores elevados de ácido málico, presença de pilosidades, ou ainda o maior teor de umidade. Diante deste cenário, faz-se necessário a realização de estudos com vacas em lactação consumindo dietas à base de palmas resistentes à cochonilha do carmim como alternativa à palma gigante, cujo cultivo foi bruscamente reduzido na região em função da sua sensibilidade à cochonilha. Um dos principais objetivos do projeto foi testar diferentes proporções entre palma miúda e palma orelha de elefante mexicana, bem como determinar os níveis de concentrado em dietas à base de palma Orelha de Elefante Mexicana que maximizem o consumo de MS e a produção de leite. A contribuição da Embrapa Gado de Leite ao projeto tem se dado por meio da determinação do perfil de ácidos graxos do leite das vacas alimentadas com as diferentes dietas à base de palma forrageira, uma informação inexistente na literatura, além da co-orientação de alunos de pós-graduação da UFRPE envolvidos nos estudos. Os experimentos foram conduzidos nas Estações Experimentais do IPA em Arcoverde (vacas da raça Girolando com produção média de 14 kg/dia) e em São Bento do Una (vacas da raça Holandesa com produção média de 20 kg/dia).

Situação: concluído Data de Início: Thu Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2015 Data de Finalização: Sun Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2017

Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite

Líder de projeto: Marco Antonio Sundfeld da Gama

Contato: marco.gama@embrapa.br