Em 2014 a produção brasileira de frutas foi de 45 milhões de toneladas, e a de hortaliças 19 milhões de toneladas (IBGE, 2015), mas as perdas pós-colheita ainda são muito altas. Estimativas indicam que as perdas na cadeia de frutas e hortaliças podem chegar, em muitos casos, em até 40%. No Brasil, existem diversas razões para essas perdas tão elevadas, como a ausência da cadeia do frio, manuseio intenso e a não utilização de embalagens adequadas. O uso das embalagens é um fator importante para manutenção da qualidade pós-colheita de frutos, e a incorporação de aditivos como nanopartículas é uma alternativa para melhorar as propriedades mecânicas, podendo conferir maior estabilidade térmica, barreiras de gases e ação antimicrobiana. Desta forma, a aplicação da nanotecnologia aplicada a pós-colheita de frutas e hortaliças, pode auxiliar na prevenção do crescimento microbiano, proporcionando um alimento seguro e na manutenção da conservação pós-colheita com redução de perdas. Uma das substâncias mais utilizadas em formulações são nanopartículas de prata. Atualmente a tecnologia de utilização de aditivos de prata tem sido aplicada com grande sucesso para lácteos, com prolongamento da vida de prateleira, entretanto, poucos estudos tem sido realizados para frutos. O presente projeto visa avaliar o potencial de aplicação de embalagens com filmes poliméricos aditivados com nanopartículas de prata na conservação da qualidade pós-colheita de frutos, não climatéricos e climatéricos.