Tecnologias para cultivo sustentável de soja e feijão irrigados em sistema de produção com plantio direto no Cerrado

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A maioria dos agricultores da região do Cerrado, em áreas irrigadas, cultiva soja na mesma área repetidamente, em um ciclo que inclui milho na safrinha e feijão-comum no inverno. Embora essa prática seja comum, ela pode trazer problemas ambientais e econômicos. O cultivo contínuo aumenta os custos de produção devido ao maior uso de pesticidas para controlar doenças, insetos e plantas daninhas.Essas áreas enfrentam alta incidência de mosca branca, fungos de solo e nematoides, que são prejudiciais às plantações. Para superar esses desafios, é necessário desenvolver tecnologias alternativas que ajudem a interromper os ciclos de pragas, doenças e plantas daninhas, além de promover o crescimento saudável das plantas e aumentar a biodiversidade nos sistemas agrícolas. Essas tecnologias são fundamentais para uma intensificação sustentável, ou seja, para aumentar a produção de alimentos na mesma área, mas com respeito ao meio ambiente, às questões sociais e econômicas.Uma das alternativas promissoras é o uso de rizobactérias promotoras de crescimento de plantas (RPCP). Essas bactérias beneficiam o desenvolvimento das plantas de forma direta e indireta, resultando em raízes mais fortes, maior absorção de nutrientes, aumento da biomassa e maior produtividade de grãos. Além disso, as RPCP fortalecem as plantas contra patógenos. Outra estratégia importante é a utilização de misturas de plantas de cobertura, que melhoram o ambiente de cultivo.A diversificação das espécies vegetais, por meio da rotação de culturas e do uso de mix de plantas de cobertura, traz inúmeros benefícios. Entre eles estão o melhor aproveitamento dos recursos do solo, a redução de danos causados por pragas e doenças, o controle mais eficaz das plantas daninhas, o aumento da produtividade e a maior estabilidade da produção. No entanto, ainda há questões a serem estudadas sobre a combinação de RPCP com plantas de cobertura nos sistemas de cultivo.Diante disso, o objetivo deste projeto é introduzir misturas de plantas de cobertura, rotação de culturas e microrganismos benéficos para promover a sustentabilidade do cultivo de soja no verão e feijão-comum no inverno, no sistema de plantio direto na região do Cerrado em Goiás. Para alcançar esse objetivo, serão realizados experimentos em três municípios representativos do cultivo irrigado de soja e feijão-comum em Goiás: Cristalina, Formosa e Água Fria de Goiás.Em cada local, serão conduzidos experimentos em blocos ao acaso, utilizando um esquema fatorial 8 x 2 ao longo de três safras agrícolas. Os tratamentos incluirão oito rotações de culturas, com soja no verão e feijão-comum no inverno, variando apenas a cultura na safrinha. As opções de cultivo na safrinha serão: pousio, milho e seis diferentes misturas de plantas de cobertura.Serão avaliados diversos aspectos, como as características químicas, físicas e biológicas do solo, a população de fungos e nematoides prejudiciais, a produção de matéria seca das culturas na safrinha, a ciclagem de nutrientes, além dos componentes de produção e produtividade das culturas de soja e feijão-comum. Também será realizada uma análise econômica de cada rotação.A execução deste projeto tem o potencial de fornecer informações valiosas de manejo para que os produtores possam cultivar soja e feijão-comum de forma sustentável na região do Cerrado. Isso inclui a redução da população de fungos, nematoides, pragas e plantas daninhas, diminuindo o impacto negativo dos agrotóxicos no meio ambiente e os custos de produção. Além disso, busca-se melhorar a qualidade do solo e aumentar a conscientização sobre o cultivo sustentável entre produtores e técnicos, resultando em aumentos significativos na produtividade e rentabilidade das culturas de soja e feijão-comum.

Situação: em execução Data de Início: Sat May 01 00:00:00 GMT-03:00 2021 Data de Finalização: Thu Apr 30 00:00:00 GMT-03:00 2026

Unidade Lider: Embrapa Arroz e Feijão

Líder de projeto: Adriano Stephan Nascente

Contato: adriano.nascente@embrapa.br