O projeto Boleiras das Alagoas visa promover o ofício e a autonomia econômica sustentável das boleiras alagoanas, além de compartilhar experiências por meio de capacitações técnicas. É coordenado pela Embrapa Alimentos e Territórios, com financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), cujos recursos são executados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no âmbito do projeto Dom Helder Câmara. Está prevista a capacitação de 100 boleiras em situação de vulnerabilidade social, residentes em áreas rurais e periurbanas de Alagoas, que atuam na produção artesanal de produtos agroalimentares, como bolos tradicionais à base de mandioca e coco. Também serão treinados pontos focais dos municípios integrantes do projeto, para apoio ao levantamento de informações que vão subsidiar um estudo referente à situação social, econômica e da produção das boleiras. Além do estudo socioeconômico, vão ser capacitadas 10 boleiras nos municípios de Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte (AL), pioneiros na iniciativa, com o registro em vídeos do trabalho dessas mulheres. O material audiovisual será usado na produção de cursos de ensino a distância (EaD). Outras 90 boleiras dos demais municípios selecionados serão treinadas, por meio de workshops presenciais e com apresentação dos vídeos. Os demais municípios são: Arapiraca, Belo Monte, Cacimbinhas, Delmiro Gouveia, Feira Grande, Igaci, Lagoa da Canoa, Pão de Açúcar, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São Sebastião, Taquarana e Traipu. Os cursos vão envolver aspectos históricos da produção de bolos, boas práticas para a fabricação de bolos artesanais, aspectos de saúde e bem-estar, e integração com redes de turismo comunitárias nacionais e internacionais. Outros temas abordados referem-se a ingredientes, equipamentos e embalagens, estímulo ao empreendedorismo, associativismo e cooperação, conceitos relativos a custos de produção e lucro, além do acesso a crédito e microcrédito.