Eficiência no uso de fertilizantes e plantas de cobertura em sistemas de produção para altas produtividades com baixa emissão de gases de efeito estufa

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Atualmente, cerca de 45,1% da área do Cerrado é ocupada pela agropecuária, de acordo com o MapBiomas. Na região Centro-Oeste, onde está localizada a maior parte do Cerrado, grande parte do algodão plantado em segunda safra é cultivada após a colheita de soja superprecoce no verão. Em Mato Grosso, por exemplo, essa segunda safra de algodão representa cerca de 85% da produção de algodão do estado. Esse sistema de cultivo é altamente rentável, envolvendo duas culturas importantes tanto para o mercado interno quanto para a exportação.Apesar de ser realizado predominantemente em Latossolos e sob sistema de semeadura direta, esse modelo de cultivo acumula pouca matéria orgânica nos solos. Isso prejudica a interação solo-planta, o que é essencial para o uso eficiente de nutrientes e para manter altas produtividades em uma agricultura de baixa emissão de carbono. Altas produtividades e o aumento da matéria orgânica do solo, junto com a redução das emissões de gases de efeito estufa, são contribuições significativas da agricultura para a segurança alimentar e a mitigação das mudanças climáticas, dois importantes serviços ecossistêmicos.Como a fertilidade do solo e a nutrição das culturas dependem muito da matéria orgânica, o manejo das lavouras com plantas de cobertura e adubos verdes é essencial para manter a produtividade e aumentar os estoques de carbono no solo em grandes áreas. Além disso, a rotação de culturas com essas plantas favorece o uso mais eficiente de fertilizantes, que são cruciais para a manutenção da fertilidade dos Latossolos. Dada a alta dos custos e a dificuldade de acesso aos fertilizantes minerais na agricultura brasileira, a rotação de culturas com plantas de cobertura e adubos verdes tem ganhado ainda mais importância. Essa prática está alinhada com o Plano Nacional de Fertilizantes 2050 e com a Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o Plano ABC+, que se conecta ao 13º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, (Ação Contra a Mudança Global do Clima).O presente projeto reflete a integração de esforços entre a Embrapa e o Grupo AMAGGI em busca de boas práticas agronômicas para a produção de grãos e fibras nas condições do trópico úmido, com foco em Mato Grosso. O objetivo é criar maior sinergia entre fatores bióticos e abióticos, para melhorar os rendimentos das plantas cultivadas e outros serviços ecossistêmicos. Isso envolve estratégias de intensificação sustentável, diversificação dos sistemas de produção de culturas anuais, e eficiência na adubação mineral, além de sua relação com o ciclo biogeoquímico para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Situação: em execução Data de Início: Wed Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2023 Data de Finalização: Tue Jun 30 00:00:00 GMT-03:00 2026

Unidade Lider: Embrapa Arroz e Feijão

Líder de projeto: Pedro Luiz Oliveira de A Machado

Contato: pedro.machado@embrapa.br