Uma dos grandes gargalos da cadeia da rã é a baixa valorização comercial do dorso de rã que representa a quase metade da carcaça do animal. Entretanto, o dorso pode constituir-se em matéria-prima para a obtenção de novos produtos com potencial de mercado, capaz de resultar em aumento da rentabilidade das empresas. Executado no período de 2009 a 2012, este projeto teve uma duração de 36 meses e objetivou a avaliação e transferência de uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, voltada para o processamento de carne de dorso de rã. Graças a esta tecnologia, foi possível agregar valor ao dorso por meio de sua desossa e da obtenção de conserva de carne desfiada, salsicha e patê de carne de rã. Para alcançar o objetivo acima mencionado que foi formada uma equipe composta de pesquisadores e analistas da Embrapa Agroindústria de Alimentos (CTAA), da Assessoria de Inovação Tecnológica da Embrapa (AIT), da Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM) e do Centro Universitário Plínio Leite (UNIPLI). Dentre as atividades realizadas no âmbito do projeto, destacam-se a publicação do conhecimento gerado em revistas indexadas e a capacitação de atores interessados na tecnologia de processamento da carne de dorso de rã. No que diz respeito à publicação do conhecimento, incluem-se um artigo sobre determinantes da transferência de tecnologia na agroindústria brasileira de alimentos (código ainfo 10150) e outro sobre a adoção tecnológica e gestão cooperativista (código ainfo 11049). Quanto à capacitação de atores interessados, foi realizado um evento que contou com a participação de 24 atores (pesquisadores, produtores e outros interessados) da cadeia. Três empresas manifestaram interesse em adotar a tecnologia proposta, sendo que uma delas apresentou um perfil mais adequado para ser objeto da construção do caso-piloto de transferência da tecnologia. Após o curso de capacitação, os participantes criaram um grupo de discussão online para facilitar suas interações, composto em 2012 por 138 membros. Ao final do projeto, foi realizado um workshop de encerramento com a presença de 21 atores da cadeia, que ajudaram na formulação de recomendações para se enfrentar os atuais e futuros desafios da cadeia ranícola.