Verticalização da produção de frutas no Brasil através do desenvolvimento e validação da tecnologia de processamento mínimo
Verticalização da produção de frutas no Brasil através do desenvolvimento e validação da tecnologia de processamento mínimo
Foto: ZANELLA, Viviane
A verticalização da produção de frutas através do processamento mínimo possibilitará reduzir as perdas e agregar valor, aumentando o seu consumo e a margem de lucro. Com elevado nível tecnológico consegue-se maior vida útil e qualidade, além de gerar novos canais de comercialização e de reduzir as perdas pós-colheita de frutas, com impactos sócio-econômicos e ambientais positivos. Este projeto teve por objetivo desenvolver conhecimento tecnológico e validar sistemas de embalagem para frutas minimamente processadas e torná-los disponíveis para solução de problemas técnicos da indústria processadora de frutas. Foram caracterizados os tipos e as propriedades de embalagens plásticas, que foram avaliadas para diversas frutas minimamente processadas como melão, manga e abacaxi. Verificou-se que ponto de maturação avançado das matérias-primas, principalmente da manga e do abacaxi, pode ser um problema indesejável para o processamento mínimo. Em melão em fatia, a embalagem flexível de polipropileno tipo "stand-up pouches" (SUP) permitiu a modificação passiva da atmosfera, atingindo equilíbrio em níveis aproximados de 10% O2 e 10% CO2, o que conferiu ao produto uma vida-útil potencial de 6 dias a 4ºC, sem luz. No entanto, a embalagem em bandeja de PET/PEBD com tampa selada de PP/PEBD (polipropileno/ polietileno de baixa densidade) não se mostrou apropriada para melão a partir do 5º dia, indicando que a tampa deveria ter maior permeabilidade a gases, para evitar alterações gasosas tão intensas como as verificadas a 4ºC. O mesmo ocorreu com manga e abacaxi onde a bandeja de PET/PE (poli (tereftalato de etileno/polietileno de baixa densidade), com tampa de PP/PE apresentou permeabilidade muito baixa. As bandejas compostas por um laminado de PET/ PEBD, seladas com filme à base de PP/PEBD, com espessura média total de 59 µm, sendo 38 µm de PP e 20 µm de PE tem potencial para uso em produtos de baixa taxa respiratória, podendo-se utilizar para o melão, quando não se requer vida útil acima de 4 dias. Fatias de frutas podem ser acondicionadas SUP, confeccionados com filme de PP, com espessura média de 20 µm (taxa de permeabilidade ao oxigênio nominal de 4.000 mL (CNTP)/m-2/dia-1), sobretudo quando utilizada para melão (6 dias), abacaxi (6 dias) e manga (4 dias). Para a embalagem de frutas minimamente processadas em bandejas rígidas (PET/PE) é necessário na selagem das bandejas a adoção de filmes especiais, de alta permeabilidade como os chamados filmes microperfurados a laser. O sistema de embalagem em stand-up pouches (SUP), de "fatias de frutas", pode ser viável e uma alternativa interessante para o desenvolvimento do mercado brasileiro de frutas minimamente processadas.
Situação: concluído Data de Início: Tue Jun 01 00:00:00 GMT-03:00 2010 Data de Finalização: Thu May 31 00:00:00 GMT-03:00 2012
Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos
Líder de projeto: Sergio Agostinho Cenci
Contato: sergio.cenci@embrapa.br
Palavras-chave: Frutas, Processamento Mínimo, Qualidade, Tecnologia de Embalagem, Vida útil