Com o objetivo principal de aumentar a qualidade e a produtividade da maçã brasileira, foram gerados subsídios importantes ao setor produtivo para o estabelecimento de tecnologias apropriadas ao manejo da planta e do fruto. Além disso, foram desenvolvidos estudos fundamentais relacionados aos aspectos moleculares e fisiológicos da qualidade do fruto, visando ampliar conhecimentos acerca de fenômenos que ocorrem nas frutas durante sua vida pós-colheita. Em termos de resultados principais, destacam-se: a avaliação da qualidade e produtividade de clones comerciais de macieira (Gala e Fuji) e cultivares para a região Sul (Pink Lady e Daiane); conhecimentos relativos aos principais sistemas de condução e porta-enxertos disponíveis para a cultura da macieira, bem como sobre a influência dessas variáveis no vigor, na área foliar, na produtividade e na qualidade de maçãs. Obteve-se também um grande avanço nos sistemas de conservação de maçãs mediante o uso de diferentes tecnologias de armazenamento, como atmosfera controlada, atmosfera controlada com níveis extremamente baixos de oxigênio e atmosfera dinâmica, permitindo estender o período de armazenamento dos frutos da cultivar Gala por até nove meses; foi possível implantar, no laboratório de pós-colheita da Embrapa Uva e Vinho, sistemas de detecção de expressão gênica em tempo real (Real Time PCR) e de detecção de proteínas diferencialmente expressas (eletroforese bidimensional), gerando, assim, subsídios para o entendimento dos mecanismos moleculares que regem a perda da qualidade da maçã durante o armazenamento; geraram-se resultados que envolvem transformação genética associada com respostas das plantas de macieira ao etileno, podendo, também, auxiliar no desenvolvimento de ferramentas genômicas para o melhoramento genético com ênfase na qualidade de frutos e na resistência a estresses bióticos e abióticos; contribuiu para a capacitação de recursos humanos (estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado) e para o estabelecimento de importantes parcerias com instituições nacionais (Universidade Federal de Pelotas) e internacionais (Institut National de la Recherche Agronomique – INRA Angers/França), que atuam com ciência e tecnologia para cultura da maçã.