Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas - Fase II
Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas - Fase II
Foto: LANZETTA, Paulo
O limitado conhecimento acerca da diversidade de espécies de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) somado ao número reduzido de pesquisadores atuando neste grupo biológico na região Amazônica motivaram a estruturação da "Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas", projeto financiado pela Embrapa (Edital 05/2006 - Agrofuturo; código SEG 02.06.05.003), com duração de 36 meses (agosto/2007 a julho/2010). A Rede tem a Embrapa Amapá como instituição executora e congrega pesquisadores de diversas instituições, de 10 Estados da Federação. O referido projeto tem contribuído expressivamente para o avanço do conhecimento científico sobre esse grupo de insetos em áreas estratégicas da Amazônia, bem como para a formação e fixação de recursos humanos na região. Entretanto, o conhecimento ainda é escasso e resultante de levantamentos realizados em alguns Estados. Assim, com vistas ao preenchimento dessas lacunas, optou-se por propor a "Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas - Fase II", visando à consolidação do grupo de pesquisa na região, bem como gerar e difundir informações sobre a diversidade, distribuição, plantas hospedeiras, inimigos naturais e manejo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, com ênfase às espécies de importância socioeconômica e quarentenária. Novas parcerias foram efetivadas, proporcionando a abordagem dos temas de pesquisa de forma mais densa e profunda que na Fase I. As atividades de pesquisa serão baseadas em amostragem de frutos de expressão socioeconômica e também silvestres, focando especialmente hospedeiros de Bactrocera carambolae Drew & Hancock (no Amapá), espécie restrita ao território do Estado, e Ceratitis capitata (Wiedemann) (nos estados do Pará e Rondônia), espécie amplamente distribuída no território nacional. Levantamentos com armadilhas tipos McPhail serão realizados com vistas à obtenção de dados ecológicos sobre espécies de Anastrepha, nos estados do Acre, Amapá e Roraima. Levantamentos com armadilhas Jackson, adicionada de feromônio específico para C. capitata, serão realizados, para possível detecção dessa espécie em Estados em que ela ainda não foi registrada. Caracterização molecular e morfométrica de Anastrepha striata e Anastrepha fraterculus será realizada visando à obtenção de informações sobre a diversidade genética de A. striata para a Amazônia e A. fraterculus para o estado do Amapá. Identificação de larvas de gêneros de moscas-das-frutas será realizada com base em análise molecular e morfométrica, além da confecção de chave ilustrada com base nas características morfológicas desses imaturos. Esses estudos serão úteis especialmente aos fiscais de órgãos públicos ligados a questões quarentenárias. A eficácia de inseticidas químicos sintéticos e botânicos será testada para o controle de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha de importância para a Amazônia. Ferramentas estatísticas serão utilizadas para estimar e quantificar parâmetros ecológicos e suas correlações com variáveis meteorológicas nas áreas de estudo. Serão desenvolvidas formulações de isolados dos fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana para o controle de formas imaturas de Anastrepha em condições de laboratório. Finalmente, ênfase será dada na formação de recursos humanos em nível de graduação e pós-graduação, para assegurar a continuidade dos estudos com moscas-das-frutas na região Amazônica. Assim, com a implementação da presente proposta espera-se consolidar um grupo de pesquisa com moscas-das-frutas na região, como também minimizar os riscos de dispersão da mosca-da-carambola para outros Estados da federação.
Ecossistema: Amazônico, Região dos Cerrados
Situação: concluído Data de Início: Fri Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Tue Mar 31 00:00:00 GMT-03:00 2015
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental
Líder de projeto: Walkymario de Paulo Lemos
Contato: walkymario.lemos@embrapa.br
Palavras-chave: Anastrepha, Bactrocera carambolae, Ceratitis capitata, Diversidade, praga quarentenária, Tephritidae