Metodologia para a caracterização ambiental e genética de populações de araucária para sua conservação e uso sustentável.
Metodologia para a caracterização ambiental e genética de populações de araucária para sua conservação e uso sustentável.
Autoria: WREGE, M. S.; SOARES, M. T. S.; SOUSA, V. A. de; FRITZSONS, E.; AGUIAR, A. V. de; BOGNOLA, I. A.; GOMES, J. B. V.; MATTOS, P. P. de; HELM, C. V.; SOUSA, L. P. de; SCARANTE, A. G.; MATTOS, M. de F. da S.
Resumo: A araucária (Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze.), também conhecida como pinheiro-do-paraná, está presente na Floresta Ombrófila Mista, fitofisionomia do bioma Mata Atlântica, sendo considerada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) ameaçada de extinção e vulnerável às mudanças climáticas globais. Por meio do acordo firmado em 2015 na COP21, o Brasil assumiu o compromisso de aumentar a capacidade de conservação dos recursos genéticos e promover o uso sustentável de sua biodiversidade. Para dar subsídios a esta demanda, foi desenvolvida a presente metodologia, visando caracterizar o ambiente e a genética de populações de araucária. O método desenvolvido consistiu em: 1) definir as zonas periféricas de ocorrência de araucária e selecionar regiões com prioridade para amostragens; 2) obter amostras para genotipagem e dendrocronologia; 3) obter amostras de solos; 4) analisar o clima; e 5) identificar os nichos ecológicos das populações. As coletas ocorreram em cinco pontos nas zonas periféricas da área de distribuição natural da espécie, onde suas populações têm maior diversidade genética. O material foi genotipado, para conhecimento de suas características genéticas. Os anéis de crescimento foram analisados, para a construção de modelos de crescimento. Os resultados obtidos demonstram que a araucária ocorre na natureza em condições pedoclimáticas adversas, desde o extremo sul do Brasil, nos municípios de Santana da Boa Vista, Canguçu e Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, até o sul de Minas Gerais, em altitudes que variam desde os 211 m até os 1.700 m, nos mais diversos tipos de solos, desde os mais profundos até os mais rasos, em variadas condições de fertilidade, em clima frio e úmido, com riscos variados de geada, formando grupos de populações com características comuns, em função das condições pedoclimáticas de cada região. A metodologia desenvolvida é passível de aplicação em populações de espécies florestais nativas, com adaptações para cada caso.
Ano de publicação: 2021
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Florestas
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