A cultivar BRS Imigrante é um híbrido longa vida estrutural, do tipo salada com hábito de crescimento semideterminado (meia-estaca), apresentando rusticidade e excelente cobertura foliar. A cultivar é tolerante às principais espécies de begomovírus (geminivírus) devido à presença combinada dos loci Ty-1 e Ty-3; resistência a alguns patotipos do Tomato mosaic virus (ToMV); e aos fungos Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici raças 1, 2 e 3; Verticillium dahliae raça 1; Stemphylium solani; Stemphylium lycopersici.

Com o aumento da incidência e danos causados por begomovírus e Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici raças 3 em algumas regiões do Brasil, o uso de cultivares tolerantes a esses dois patógenos tem se tornado necessário. Essas características proporcionam ao BRS Imigrante vantagens competitiva e comparativa grande em relação a cultivares que não apresentam tais resistências, quando cultivadas em áreas de ocorrência simultânea desses patógenos.

Os frutos são firmes, de coloração externa vermelha escura e brilhante, e teor de sólidos solúveis em torno de 4,5º Brix. Na maturação, a cor do fruto vai do verde direto para o vermelho, iniciando pela parte basal. De ciclo médio, a colheita inicia cerca de 80 dias após o transplante, com potencial produtivo de até 12 kg/planta.

O tomate BRS Imigrante apresenta entre 13 a 15 pencas e os frutos atingem 230 gramas (250 g no início da colheita e 180 g no final), atendendo plenamente as demandas de mercado. Durante o manejo cultural da BRS Imigrante deve-se evitar a aplicação excessiva de nitrogênio, pois a planta apresenta um rápido enchimento dos frutos.

O híbrido BRS Imigrante apresentou melhores resultados quando conduzido em sistema de três hastes. A cultivar é bem adaptada aos estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Sul da Bahia.