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Dia de campo sobre tecnologias sustentáveis para o Semiárido reúne 460 pessoas
Um total de 460 participantes, entre produtores, técnicos de extensão rural, autoridades e estudantes de agronomia tiveram a oportunidade de conhecer as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Algodão com foco na sustentabilidade do Semiárido, realizado no último dia 9 de novembro, no campo experimental da Unidade, no município de Barbalha, Cariri cearense.
Para o chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, o dia de campo representa o “coroamento das atividades de pesquisa para o Semiárido”. “A Embrapa apresenta aqui as tecnologias para o produtor eleger aquelas que mais se adaptam a sua realidade. Nós temos variedades mais produtivas, mais adaptadas à região, que fazem parte do esforço para a volta do algodão para o Semiárido. Temos variedades transgênicas de algodão resistentes a lagartas e resistentes a herbicidas, então o agricultor pode plantar o algodão sem utilizar a enxada. Para quem não quiser utilizar o algodão transgênico, nós temos sistemas orgânicos de produção”, disse durante a abertura do evento.
“Nós temos sistemas de produção para o algodão transgênico, algodão orgânico, algodão colorido, algodão fibra longa, novas variedades e seus sistemas de produção, métodos de manejo de pragas, métodos preparo do solo, máquinas para pequenos e grandes produtores”, acrescentou.
O secretário de Desenvolvimento Agrário do Crato, Zilcélio Alves, destacou a importância das pesquisas para fortalecer a agricultura familiar no Semiárido. “Nós vivemos um período de invernos curtos e essas pesquisas são importantes para que possamos viver da agricultura aqui na nossa região”, afirmou.
O diretor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Itamar Lemos, ressaltou o papel da parceria entre pesquisa, extensão e produtor para fazer o campo avançar cada vez mais em produtividade e geração de renda. “Quanto a produção e produtividade a Embrapa hoje nos deu uma lição muito importante de como avançar nesse aspecto. Agora temos que avançar também, como eu sempre gosto de dizer para os meus colegas extensionistas para após a porteira. Temos que ver a questão da comercialização, da certificação, do cooperativismo. Mas nós estamos trabalhando nessa área e contamos com a Embrapa para nos ajudar”, afirmou.
O produtor de sementes Beckman Martins destacou que o Ceará já foi um dos maiores produtores de algodão do Brasil e hoje precisa importar algodão para abastecer suas indústrias. “Nós fomos provocados pela Embrapa e Governo do Estado e no próximo ano nós vamos começar a multiplicação de sementes das cultivares da Embrapa com o objetivo de reativar a produção de algodão no Ceará”, declarou.
O dia de campo foi dividido em oito estações onde foram apresentados os sistemas de produção das culturas do algodão, amendoim, mamona e gergelim, além de estratégias para promover a convivência produtiva com o Semiárido como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), agroindustrialização do gergelim e amendoim, Manejo Integrado de Pragas (MIP), máquinas e implementos agrícolas para a região.
Participaram do evento integrantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce, Instituto Agropólos do Ceará, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Universidade Federal do Cariri (UFCA), Sebrae, Institutos Federais, escolas técnicas agropecuárias, associações dos produtores, entre outros.
Edna Santos (MTB-CE 01700)
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