Para organizar sua memória institucional, a Embrapa Alimentos e Territórios acaba de criar uma página no seu portal com os principais fatos históricos que marcaram a criação do mais novo centro de pesquisa da Empresa. Com seis anos de atuação, a Unidade já desenvolveu ações de desenvolvimento científico e tecnológico para o setor agroalimentar brasileiro em dez estados e 60 municípios brasileiros. As ações têm como base o estudo “Prospecção para Instituição de um Centro de Pesquisa da Embrapa em Alagoas”, solicitado pela Presidência da Embrapa em 22 de março de 2016, que deu sustentação à implantação da UD. Naquele ano, após o Conselho de Administração da Embrapa (Consad) aprovar a proposta de criação do centro, o Ministério da Agricultura e o governo de Alagoas firmaram um protocolo de cooperação para apoio à infraestrutura e a cessão de área física. Depois dessas articulações, uma missão cientista visitante realizada pelo pesquisador João Flávio Veloso em Montpellier, na França, resultou na “Proposta organizacional e de pesquisa sobre alimentos da biodiversidade e dos territórios brasileiros”. A missão científica ocorreu entre setembro de 2016 e setembro de 2017, na Unité Mixte de Recherche Innovation, do Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (UMR Innovation/Cirad). Em 2018, com a criação formal da Unidade, chegam a Maceió os pioneiros: Lineu Alberto Domit, Ricardo Elesbão Alves, Tenisson Waldow de Souza e Veloso, que vão ajudar a estruturar e preparar a Unidade. Instalados em um escritório no Sebrae AL, eles dão início às articulações com as instituições locais, com apoio do pesquisador Antonio Santiago, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, então secretário estadual de Agricultura. O esforço de constituir a equipe passou por desafios como as instabilidades no cenário político do País e a crise da pandemia da covid-19, que impactaram as atividades, especialmente o início dos projetos de PD&I e as ações de pesquisa e inovação social planejadas, voltadas às comunidades locais, como os povos tradicionais, as comunidades indígenas e os agricultores familiares. Com a doação de uma área de 16,6 hectares no bairro de Ipioca, Maceió, pelo governo de Alagoas, os gestores dão início aos projetos construtivos da sede. A partir de 2022, com o fim da pandemia, a equipe vai sendo ampliada, novos projetos e parcerias são aprovados e a Unidade começa a apresentar seus resultados nas áreas de biodiversidade e patrimônio alimentar, gastronomia e turismo, sociologia e antropologia da alimentação, territorialidade, circuitos curtos e segurança alimentar, entre outras. Lançada a pedra fundamental em novembro de 2023, no início de 2024 começam as obras da sua sede, com a recuperação e requalificação das estruturas da antiga Fábrica da Saúde. Graças ao apoio de emendas parlamentares da bancada federal de Alagoas e aos recursos de investimento do Novo Programa de Aceleração e Crescimento (Novo PAC), houve aporte de quase R$ 100 milhões para esse projeto. A previsão é que até 2026 a Unidade esteja com seus laboratórios de pesquisa e sua nova estrutura em pleno funcionamento. "Esse início da história da Embrapa Alimentos e Territórios foi escrito com muitos desafios e dificuldades. Mas também tem sido uma história de muitos sonhos sonhados juntos, coletivamente, e que ainda está sendo contada", ressalta o chefe-geral, João Flávio Veloso Silva. "Assim, nossos agradecimentos a todas e todos que nos ajudaram a chegar até aqui, e que acreditam em sonhos!", enfatiza. Saiba mais sobre a história da Embrapa Alimentos e Territórios