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Avisando os adultos

 

Na manhã seguinte, Amai, Arthur e Estela confirmaram a triste situação do córrego, que, aliás, poderia comprometer também a do rio no qual ele deságua.

 

A princípio, os três amigos pocuraram se entreter com outras brincadeiras que a não de entrar na cachoeira, mas todas elas acabaram por deixá-los entediados, pois o que eles queriam mesmo era entrar debaixo daquele "chuveirão".

 

Passados alguns minutos, e por fim bem desapontados com todo aquele triste cenário, os garotos voltaram correndo para a casa do vô Mazico. Lá encontraram os pais e os avós reunidos, na varanda, onde aproveitavam o frescor da manhã, tomavam café e saboreavam um delicioso bolo de milho que Ana fizera para os visitantes.

 

contando para os adultos

 

Os garotos chegaram agitados e falavam todos ao mesmo tempo. Após algum tempo, vô Mazico colocou ordem nas coisas, pois era impossível entender o que diziam.

 

contando detalhes

Amai começou: – O córrego…

 

– A água está escura... Continuou Estela.

 

– Barrenta... Emendou Arthur.

 

E as três crianças deixaram-se cair ao chão, exaustas pela corrida até a casa e as fortes emoções vividas em tão curto tempo. Uma acalorada discussão iniciou-se, com todos levantando hipóteses e  procurando uma explicação para a mudança na água do córrego.

 

Depois de meia hora de conversa, um dos adultos sugeriu que os garotos fizessem uma busca pelas redondezas, seguindo o córrego e procurando a causa da “poluição” de sua água. Concordaram todos que a expedição deveria sair no outro dia, logo após o café da manhã.

 

À noite, as crianças se reuniram e foram pesquisar um pouco mais na internet, sobre o tema "poluição da água". Encontraram muitas informações a respeito, e descobriram que a cor chocolate da água poderia não significar poluição, e sim o fato de o córrego estar turvo apenas por ter caído areia nele.

 

Essa última ideia os aliviou, e mais que depressa os garotos a adotaram como uma das hipóteses mais provável. Pois, caso se tratasse mesmo de poluição, não poderiam mais nadar no córrego.

meninos pesquisam no computador

 

Mesmo diante da hipótese das crianças de o córrego estar somente sujo de areia, e não poluído; os adultos continuaram preocupados e explicaram a elas que a situação podia não ser tão simples assim. Que as coisas iam muito além de banhos no córrego. Seria preciso avaliar a água para saber se podia ser usada para banho e o que quer que fosse; caso contrário animais e pessoas que a utilizassem ficariam expostos a uma grande quantidade de doenças, algumas delas (como hepatite, amebíase e leptospirose) bem perigosas.

 

Com isso, as crianças voltaram ao computador e procuraram mais informações em sites das agências de análise de água. O governo tem informações sobre esse assunto em páginas online de todas essas agências; onde os textos disponibilizados são bem completos e se baseiam em estudos científicos sérios. Ademais, as informações vêm escritas de forma mais simplificada para facilitar o entendimento do público não especializado no assunto.

 

Nessa última pesquisa feita, os três amigos aprenderam que, no caso de ter entrado, de fato, areia no córrego; ao entrar essa areia poderia ter levado consigo outros elementos  capazes de também turvar a suas águas, tais como óleos, fezes de animais, resíduos de alimentos putrefatos e restos de animais em decomposição. Como tudo isso era fonte de doenças, continuava sendo importante que tomassem muito cuidado.

 

Arthur faz cara de nojo

– Isso me parece bem nojento – comentou Arthur, com cara de enjoo.

 

– Eu não nadaria nisso nem se me pagassem – completou Amai.

 

– Bem, o que sabemos agora é que, mesmo que se confirme a hipótese da areia, a turvação da água certamente não começou lá onde nadamos. Portanto, temos mesmo de subir o córrego, se quisermos descobrir a origem do problema – concluiu Estela.

 

– É, mas isso significa que vamos ter de entrar também em terras vizinhas, que não as do pai de Estela; advertiu Arthur; lembrando a todos que o córrego não passava só por ali...

 

- Outra coisa em questão - ajuntou o garoto - é que isso certamente nos levará ao desconhecido, que poderá nos expor a um monte de problemas: picadas de insetos e de cobras venenosas, barrancos que desabam e pedras escorregadias... Enfim: tudo isso nos leva a concluir que temos de convencer os adutos a irem conosco...

 

– Com certeza temos sim de fazer isso, Arthur! Mas não sei nossos pais e avos vão gostar de ir com a gente. Aliás, eles podem até achar que esse problema ambiental não nos diz respeito, e que estamos querendo mesmo é arranjar problemas com os vizinhos. - observou Amai, um tanto ressabiada.

 

– Bom! Se não vamos convencê-los disso, nos restará como opção não fazer mais nada e  ficar apenas torcendo pelo melhor. Ou seja, para que o problema seja algo temporário, que logo logo a água corrente vai resolver – continuou Amai.

 

– Ih, gente! Com essa temos agora mais uma decisão a tomar – finalizou Estela.

 

 

 E você, amiguinho, o que faria agora?

 

 

tomaria esta decisão

 

 

 

 

ou então