Projeto Caatinga Viva recebe o Prêmio Mandacaru
Projeto Caatinga Viva recebe o Prêmio Mandacaru
O projeto Caatinga Viva, realizado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ) com a Organização potiguar Carnaúba Viva, recebeu o Prêmio Mandacaru em sua segunda edição, destinado a práticas inovadoras em acesso à água e convivência com o Semiárido, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). O Caatinga Viva foi premiado com a segunda colocação na categoria "práticas Inovadoras de organizações não governamentais", escolhido por comissão composta por representantes de doze instituições com atuação no Semiárido.
O Caatinga Viva, financiado pela Petrobras Ambiental, tem como objetivo principal propor mudanças na matriz energética das principais indústrias do Vale do Açu (RN) pela adoção do uso de biocombustíveis sólidos (briquetes), pois a lenha e o carvão que alimentam os fornos das padarias, queijarias e, sobretudo, as fábricas de tijolos da região representam praticamente 100% do combustível usado nessas atividades.
As técnicas rudimentares de extração da madeira, aliadas ao crescimento da economia, estão intensificando o ritmo da devastação de um dos biomas mais raros do mundo – a caatinga, que só existe no semiárido nordestino e que, no estado do Rio Grande do Norte, ocupa 48.700 km² do seu território. Para reverter esse quadro, em maio estará pronta uma fábrica de briquete (lenha ecológica, fabricada com material orgânico prensado e seco) com capacidade de fabricação anual de 4.680 toneladas, visando com isso a criação de uma empresa-laboratório para fomentar tecnologicamente in loco a formação de um cluster ou Arranjo Produtivo Local (APL) energético na região do Baixo-Açu. As principais matérias-primas a serem utilizadas na fabricação dos briquetes serão os resíduos da carnaúba e agroindustriais da região.
O projeto atua também na educação ambiental conquistando o homem do campo para a causa da preservação da mata nativa.
"Com a premiação de 100 mil reais poderemos dar continuidade às ações desenvolvidas na região", afirma o pesquisador da Embrapa Solos Sílvio Tavares. "Não estamos apenas aproveitando esse resíduo - a palha da carnaúba - muito pouco utilizado, como também estamos melhorando os briquetes, a fim de obter um biocombustível sólido de alta qualidade, para uso nos fornos da região", completa ele.
Os outros parceiros envolvidos no Caatinga Viva são o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agronomos (ANEA) e a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
Texto: Carlos Dias – jornalista (20.395 MTb RJ)
Embrapa Solos
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