04/07/17 |   Animal production  Low Carbon Agriculture

Maggi destaca pesquisa da Embrapa na FAO

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Photo: Ronaldo Clay

Ronaldo Clay -

Ministro elogia trabalho que permite criação de gado com carbono neutro e conclama países desenvolvidos a honrarem compromissos do clima

Ao discursar na 40ª Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) nesta segunda-feira (3), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu o consumo de carne bovina pela sua “contribuição à segurança alimentar e nutricional”, o maior acesso a mercados e conclamou países desenvolvidos a honrarem compromissos com o clima. Maggi chefia a delegação brasileira no evento, que acontece em Roma, de 3 a 8 de julho de 2017.

O ministro destacou pesquisas da Embrapa, vinculada ao ministério, que permitem a criação de bovinos com balanço zero de emissões de gases de efeito estufa e, ainda, o Plano ABC, que integra a produção da lavoura, pecuária e florestas. O Plano ABC, informou, atingiu cerca de 12 milhões de hectares em 2016, “favorecendo a sustentabilidade e a renda de muitos agricultores”. Enfatizou ainda os grandes avanços em sustentabilidade que permitem ao Brasil evoluir em linha com a Agenda 2030, provendo alimentos diversificados, seguros e de alta qualidade para o país e para grande parcela da crescente população mundial.

“Entendemos que a FAO, no cumprimento do seu mandato, deve priorizar questões relativas à produção de alimentos, à produtividade e à nutrição. Nesse contexto, alimentos de alto valor proteico, como a carne bovina, como bem observou o Comitê de Segurança Alimentar-2016, devem ser reconhecidos”, afirmou. “Recomendações sobre diminuição do consumo de carne bovina, devido a emissões, não devem ser feitas.”

O maior acesso a mercados, disse Maggi, “é essencial para a redução da insegurança alimentar, da fome e da má nutrição”. Enfatizou que “a agricultura brasileira se desenvolve de maneira sustentável em linha com a Agenda 2030”. O país, de acordo com o ministro, fornece alimentos diversificados, seguros e de alta qualidade para o consumo interno e para grande parcela da crescente população mundial.

Conclamou países desenvolvidos a cumprirem o Acordo do Clima de Paris, que foca na redução do aquecimento global. “Países em desenvolvimento são os mais afetados pelas emissões históricas de economias industrializadas. E estimamos que, particularmente, os principais emissores mundiais cumpram com seus compromissos perante à comunidade internacional”.

Produtividade

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, graças em grande parte à produtividade, que tem crescido de 4% ao ano, desde 1975, lembrou o ministro. A importância do setor para a economia do Brasil também foi lembrada. “De pequenos a grandes produtores, empregam um a cada cinco trabalhadores e respondem por mais de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB).”

Ao final, Blairo Maggi concluiu a apresentação defendendo que considerações de ordem ambiental vinculadas às atividades agropecuárias devem ser analisadas – criteriosamente – na sua real dimensão e perspectiva, tendo em vista as peculiaridades de cada país.

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