Prorrogadas até o dia 07/11 as inscrições para o 5º Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais – HortPANC, que acontece nos dias 09 e 10 de novembro em Brasília (DF). A exemplo das edições anteriores, o 5º HortPANC vai discutir os avanços e desafios relacionados aos impactos econômicos e sociais nos processos de produção e no consumo dessas plantas. Na programação, ciclo de palestras, debates e dia de campo, além de apresentação de resumos sobre os resultados técnico-científicos apresentados a partir de acompanhamento em áreas de cultivo com essas plantas. As ações de resgate das PANC, capitaneadas pela Embrapa Hortaliças e fortalecidas pela participação de instituições como empresas estaduais de pesquisa, universidades, extensão rural e associações de produtores, envolvem desde projetos de multiplicação do material genético (bancos de germoplasma) à instalação de uma rede de bancos comunitários com vistas a disponibilizar o acesso de mudas a interessados no plantio de algumas espécies. Dessa forma, de maneira gradual e consistente, essas hortaliças que ainda não contam com uma cadeira produtiva organizada, vão sendo reintroduzidas no campo e na mesa de brasileiros. Exemplo disso são as discussões sobre políticas de segurança alimentar que vêm incluindo as PANC como ingredientes para uma nutrição saudável com baixo custo de produção. E nomes como ora-pro-nóbis, taioba, mangarito, vinagreira, peixinho, chuchu-de-vento, araruta, capuchinha, fisális, almeirão, algumas das mais de 350 espécies de PANC catalogadas no Brasil, passaram a fazer parte do vocabulário de produtores, nutricionistas, chefes de cozinha e vêm ocupando boa parte do noticiário da mídia quando a pauta envolve alimentos saudáveis e acessíveis à população. Para o pesquisador Nuno Madeira, que coordena os trabalhos com as PANC na Embrapa Hortaliças, além das características nutracêuticas, as vantagens incluem ainda a resiliência, adaptabilidade, menor exigência em adubação/ irrigação e facilidade de manutenção, elementos “que tornam as hortaliças PANC mais sustentáveis e fundamentais para o enfrentamento das mudanças climáticas em curso”.