A cafeicultura é uma das mais expressivas atividades agropecuárias do país com significativa participação nas exportações de produtos agrícolas brasileiros. O segmento de cafés especiais tem crescido 15% ao ano no mercado internacional. Isto sugere que a qualidade de bebida é, atualmente, o fator mais importante neste agronegócio e vem norteando a estratégia de marketing brasileiro e a busca por excelência na produção. Antes subjugados pela fama de café de bebida ruim e sem expressão, utilizados apenas em alguns tipos de “blends” (misturas) e cafés solúveis, o café canéfora tem se destacado como uma bebida neutra, suave e que apresenta características sensoriais próprias. O Brasil é o segundo maior produtor de canéfora no mundo e, junto com o Vietnã, corresponde por mais de 50% da produção mundial. Internamente, o estado do Espírito Santo é o maior produtor nacional e junto com o estado de Rondônia corresponde por mais de 90% da produção nacional. Isto demonstra que estudos que geram impacto no sistema de produção nestes estados, tornando-os mais eficientes e incrementando a qualidade do produto, terão grande impacto na cadeia produtiva nacional. Dentre todos os fatores inerentes a manutenção da integridade do grão e qualidade de bebida, a pós-colheita (processamento, secagem e armazenamento) merecem destaque. Por esta razão, o presente projeto de pesquisa será realizado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, com colaboração do Laboratório de Qualidade do Café da EPAMIG, em Lavras, Minas Gerais, e do Laboratório Conilon Brasil, em Vitória, Espírito Santo. O projeto contará também com a parceria do Incaper, Universidade Federal do Espírito Santo, Embrapa Café e Embrapa Agroindústria de Alimentos.