O presente projeto tem como objetivo fomentar o programa oficial da Associação Brasileira de Brangus (Brangus+) por meio da avaliação e seleção genética aprimorada pela genômica, disponibilizando aos criadores DEP (diferença esperada na progênie) aprimorada pela genômica (DEPG), para características de difícil mensuração como: contagem de carrapato, OPG (número de ovos por grama de fezes), AOL (área de olho de lombo obtida por ultrassom), EG (espessura de gordura subcutânea entre as 12ª e 13ª costelas obtida por ultrassom), EGP8 (espessura de gordura subcutânea na garupa obtida por ultrassom), temperamento (por meio da velocidade de fuga) e peso ao nascer. As análises e avaliações genéticas aprimoradas pela genômica têm o objetivo de unir dados de desempenho coletados no campo, com vistas ao registro genealógico, genótipos e o cálculo do mérito genético dos animais, bem como a disponibilização dessas informações com acesso via sumário para todos os criadores associados a ABB ou não, implementando desta forma uma população de referência para avaliação genética e genômica dessa raça. Trata-se de uma iniciativa importante, pois contribui para o melhoramento genético da raça Brangus criada no Brasil e seus cruzamentos, contribuindo para o incremento da produtividade e da qualidade de carne produzida no país. Além disso, a formação da raça Brangus aqui no Brasil teve início em 1946, com um programa de pesquisa do Ministério da Agricultura, na fazenda experimental “Cinco Cruzes” localizada na cidade de Bagé, RS, onde atualmente encontra-se a Embrapa Pecuária Sul. Inicialmente a raça foi denominada “Ibagé”, sendo que o primeiro animal Brangus no Brasil foi registrado em 1981, com o nome “ANÚ DA CINCO CRUZES 547 38I” de propriedade da Embrapa. Desta forma, a Embrapa Pecuária Sul conta com um rebanho Brangus de 300 matrizes no desenvolvimento de três distintas linhagens, uma melhorada pelo temperamento, outra pela resistência ao carrapato e a terceira para as características convencionais (crescimento, carcaça e reprodução). Com este rebanho, a unidade da Embrapa conseguiu, desde 2011, coletar fenótipos de difícil mensuração para poder desenvolver equações de predição genômicas na raça Brangus, fazendo do rebanho da Embrapa, além do primeiro registrado no Brasil, o rebanho referência genômica para os criadores conduzirem o aprimoramento pela genômica. Assim, o rebanho experimental da Embrapa beneficia os criadores por ter anotações de fenótipos de difícil mensuração e associados aos genótipos para produção de resultados importantes como as predições das avaliações genômicas, potencializando a produtividade de bovinos de corte para o sistema produtivo e principalmente para os produtores de genética bovina.