O desperdício de alimentos é um fator potencializador da insegurança alimentar e do cenário da fome mundial. Segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), mais de 30% da produção mundial de alimentos é desperdiçada a cada ano entre as fases de pós-colheita e a venda no varejo. Parte das perdas que ocorrem em produtos de origem vegetal são decorrentes de doenças ou de outros fatores com transporte, armazenamento e etc. Essas doenças correspondem a anormalidades provocadas geralmente por microrganismos, como bactérias, fungos, nematóides e vírus, mas podem ainda ser causadas por falta ou excesso de fatores essenciais para o crescimento das plantas, tais como nutrientes, água e luz. Como alternativas para redução destas perdas alguns produtos estão disponíveis no mercado, porém em sua maioria estão associados a produtos sintéticos, defensivos agrícolas, agrotóxicos, que não abrangem de forma efetiva as perspectivas de biossegurança e acabam por ocasionar também a contaminação ambiental além de gerar aspectos preocupantes relacionados à saúde dos manipuladores e consumidores. O desenvolvimento de alternativas para reduzir o desperdício de alimentos aponta alguns caminhos como sanitizantes naturais e revestimentos. A banana é um fruto climatérico e sua conservação pós-colheita requer barreiras tecnológicas para aumentar a vida útil. A solução de inovação indicada nesta proposta é um revestimento com material polimérico com amido modificado combinado com óleo essencial e propriedades ativas para qualidade pós-colheita de banana e vegetais (cenoura e tomate). Este projeto também inclui trabalhos com vegetais como a cenoura e tomate que apresentam vida útil curta por conta de esbranquiçamento e murchamento respectivamente que afetam a sua qualidade, entretanto, os experimentos com vegetais serão realizados na Universidade Federal do Ceará. A Embrapa ficará responsável pelo experimento com bananas.