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Gabiroba - caracterização, propagação e tecnologias pós-colheita: potencial de renda para comunidades tradicionais

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O Brasil é privilegiado em termos de produtos florestais não madeiráveis (PFNMs), pois abriga a maior biodiversidade do planeta. Nas últimas décadas, governos e organizações não-governamentais têm focado nesses produtos como fonte de renda para comunidades rurais e povos tradicionais, além de contribuírem para a conservação e o manejo sustentável das florestas. Na região Sul, a Floresta com Araucária é composta de fruteiras nativas com grande potencial de uso, como é o caso da gabiroba. No entanto, por falta de pesquisas, estas espécies estão sendo relegadas. Foi no contexto de conservação participativa que o projeto Conservabio, liderado pela Embrapa Florestas, selecionou espécies prioritárias junto a comunidades do entorno de Flonas do Sul do Brasil, entre elas a gabiroba. Além da implantação de BAGs (Bancos Ativos de Germoplasma) desta espécie, os produtores também elencaram outras demandas a serem trabalhadas pela pesquisa, como a padronização da polpa, desenvolvimento de novos produtos, tecnologias de conservação pós-colheita, métodos de propagação e caracterização de diferentes morfotipos. Durante as pesquisas foram verificados elevados teores de vitamina C, podendo-se dizer que é a terceira fruta brasileira mais rica nesse composto; altos conteúdos de compostos fenólicos, mais precisamente carotenoides; alto rendimento em polpa; coloração amarelo intensa com poder tintorial, estabilidade quando armazenada, além de aroma e sabor muito atraentes. Constatados todos esses atributos, pretende-se com este projeto de pesquisa dar continuidade ao trabalho com a caracterização genética e físico-química dos morfotipos de gabiroba dos BAGs para identificação de materiais superiores de interesse na área de alimentos, fármacos e cosméticos; definição de métodos de propagação vegetativa que possibilitem cultivos comerciais ou reposição de áreas degradadas e uso ambiental; recomendação de tecnologias pós-colheita para estender o período de vida útil; estudo da estabilidade da polpa de gabiroba garantindo qualidade de consumo, já que é um produto sobrevalorizado no mercado por compor várias classes de alimentos e, finalmente, o desenvolvimento de produtos naturais como cookies para celíacos e corante amarelo. Os resultados obtidos desse projeto poderão ser estendidos além das comunidades tradicionais, para outras classes de produtores, incluindo agricultores familiares, com possibilidades de comercializar a polpa em programas para a merenda escolar ou segmentos varejistas diferenciados.

Situação: concluído Data de Início: Tue Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2019 Data de Finalização: Sat Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2022

Unidade Lider: Embrapa Florestas

Líder de projeto: Rossana Catie Bueno de Godoy

Contato: catie.godoy@embrapa.br