O cultivo de forrageiras de inverno como o azevém ( Lolium multiflorum) e o capim-lanudo ( Holcus lanatus) é de extrema importância para o aumento da produtividade e eficiência da pecuária na Região Sul e parte da Região Sudeste do Brasil. Entretanto, existem poucas cultivares para utilização pelos pecuaristas. O problema focalizado neste projeto é a carência de cultivares melhoradas de gramíneas forrageiras de clima temperado, produtivas e adaptadas às condições brasileiras. Assim, este projeto tem como objetivo obter e lançar cultivares dessas duas importantes gramíneas. Entre os objetivos específicos estão manter o germoplasma de azevém e capim-lanudo pertencente à Embrapa, estudar a variabilidade genética existente e ampliá-la por meio da formação de compostos e duplicação cromossômica; obter novas cultivares de azevém e capim-lanudo por meio de avaliação e seleção; avaliar a interação das populações de gramíneas forrageiras com microrganismos potencialmente benéficos; obter os dados para registro e proteção das cultivares, de acordo com a legislação vigente; avaliar a estabilidade e pureza genética das populações melhoradas de azevém por meio de marcadores moleculares; transferir e promover a adoção das tecnologias geradas por meio da validação em diferentes condições edafo-climáticas e sistemas de produção e da divulgação de forma acessível aos diferentes segmentos do público; lançar as cultivares de azevém e capim-lanudo obtidas nas fases anteriores do Programa de Melhoramento. O principal resultado obtido até o momento foi o lançamento, em agosto de 2017, da cultivar de azevém BRS Integração. Os demais resultados esperados são a obtenção de ao menos uma cultivar de cada espécie estudada e avanço do conhecimento com o estudo de sítios frágeis em Lolium e a avaliação da estabilidade e pureza genética das cultivares ao longo das fases de produção e sementes. E do ponto de vista de metodologias, está em desenvolvimento um painel de marcadores para monitorar a estabilidade e pureza genética das cultivares. São esperados impactos positivos na cadeia de produção do leite e da carne, assim como na cadeia de produção de sementes forrageiras. Os impactos esperados são aumento da produtividade da pecuária, pela utilização de pastagens com maior produção de forragem de qualidade; redução de custos, pela substituição de outros alimentos de maior custo, e de riscos, através da aquisição de sementes de qualidade, e redução da sazonalidade da produção, uma vez que será possível ofertar aos animais forragem de qualidade durante a estação fria, bem como reduzir os vazios forrageiros de outono e primavera. São esperados impactos ambientais positivos em termos de sustentabilidade dos sistemas, com melhoria na conservação do solo e da vegetação dos campos naturais. O impacto dos resultados deverá abranger toda a Região Sul e parte da Região Sudeste do Brasil.