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29/04/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Cultivo protegido é tema de acordo de cooperação técnica entre Brasil e Coreia do Sul

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Foto: Paula Rodrigues

Paula Rodrigues - Produção de alho em cultivo protegido

Produção de alho em cultivo protegido

Tudo começou em 2013, durante visita ao Centro Internacional de Cooperação Tecnológica (ITCC), da Rural Development Administration (RDA), empresa de pesquisa da Coreia do Sul. Objetivo principal: desenvolver um projeto de cooperação técnica na área de cultivo protegido, envolvendo a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) e a RDA. Ao todo, foram quatro workshops, divididos entre o Brasil e a Coreia do Sul, quando foram discutidos pontos de interesse comuns quanto à tecnologia de produção de hortaliças sob estufas.

"Adaptação e desenvolvimento da estrutura e técnicas do controle ambiental e redução do uso de energia para a produção vegetal em sistema de cultivo protegido" foi o projeto apresentado pela Embrapa Hortaliças, aprovado em 2014, e cujas atividades serão iniciadas ainda este ano. Os acertos finais envolvendo as respectivas atribuições das duas instituições foram anunciados pelo pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento Ítalo Guedes, em mais uma visita àquele país, no período de 03 a 17 de abril, onde manteve contatos com pesquisadores do agora Instituto de Pesquisa em Horticultura Protegida (ex-ITCC), para definição de competências relacionadas às primeiras atividades previstas no projeto.

À frente da missão, e acompanhado do pesquisador Marcos Braga, que atua na área de irrigação nas pesquisas sobre cultivo protegido, Guedes informa que o acordo de cooperação prevê a transferência de tecnologias já geradas pela RDA, a exemplo da otimização de estruturas, por meio de um cuidadoso planejamento do ambiente protegido quanto às condições climáticas e à diversidade entre as hortaliças.

"Vimos lá estufas planejadas para o cultivo de pequenas culturas como folhosas e outras adaptadas ao plantio de tomate e ao de pimenta", anota o pesquisador. "É esse o tipo de tecnologia que nos interessa e sobre a qual vamos receber uma grande contribuição, com a transferência de um software, em construção, com design de estruturas para cultivo protegido", acrescenta.

Contrapartida
A contrapartida, no caso do Brasil, acontece na aplicação da expertise brasileira na produção de hortaliças em condições tropicais. Guedes explica que a parte sul da Coreia do Sul situa-se na zona subtropical, e para os especialistas coreanos as mudanças climáticas podem tornar essa condição ainda mais acentuada. "É grande o interesse da parte deles em conhecer o comportamento do cultivo de hortaliças no ambiente protegido sob condições subtropicais, e nessa área temos muito a contribuir".

Arranjo
As boas notícias vão além. Foi aprovado pela Embrapa, nos últimos dias de abril, o Arranjo em Cultivo Protegido, que tem entre os objetivos agregar pesquisas afins dentro da empresa, evitando duplicidade e sobreposição de esforços e, com isso, aumentando a eficiência dos trabalhos de pesquisa.

Para o pesquisador, a dispersão dos esforços entre as Unidades traduz-se numa desagregação que o arranjo quer evitar, quando impõe a necessária comunicação/interação sobre o que cada Unidade está fazendo, o que vai propiciar trabalhos conjuntos e compartilhamento de experiências. "E para o projeto de cooperação técnica com a RDA a aprovação do arranjo representa, sem dúvida, um grande reforço", assinala.

"Nossa expectativa é que com o projeto e o arranjo possamos melhorar a produção nas áreas onde se adota o cultivo protegido, fazendo valer a otimização das estruturas e, dependendo das condições climáticas locais, expandir a tecnologia para outras regiões onde hoje não é possível, como  Norte, Nordeste e Centro-Oeste", resume.

Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

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