O agronegócio de cebola é importante para o Brasil, onde se cultivam 60.000 ha/ano nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Há demanda por cultivares melhor adaptadas às diferentes condições edafoclimáticas brasileiras e aos sistemas convencionais e agroecológicos. Há expectativas também de bulbos de sabor pungente para o mercado interno, e bulbos suaves e do tipo “cascuda bronzeada” para mercados interno e externo. A projeto tem o objetivo de desenvolver cultivares de polinização livre e/ou híbridas de cebola adaptadas às condições brasileiras e resistentes às principais doenças que ocorrem na cultura. O atendimento ao objetivo será buscado por uma rede de PD&I envolvendo Unidades da Embrapa que realizam melhoramento genético de cebola, além de instituições parceiras e colaboradoras, públicas e privadas, com destacada atuação em cebola. Os impactos potenciais decorrentes da incorporação de cultivares de cebolas mais atrativas, mais resistentes a doenças e com padrão genético superior são, em médio prazo: substituição parcial da importação de cebola, especialmente da Argentina (cerca de 20% da demanda nacional), por cebolas nacionais de mesmo padrão; maior competitividade da cebola brasileira no Mercosul; estabilização e potencial redução da importação de sementes; diminuição no uso de agrotóxicos pela incorporação de cultivares mais resistentes a doenças, com diminuição do custo de produção e dos impactos ambientais; diminuição dos desequilíbrios regionais, principalmente se considerar o potencial da região Nordeste para produzir cebolas “cascudas bronzeadas” e “suaves/doces”.