Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 12 milhões de pessoas sejam portadores de diabetes mellitus e mais de 90% dos casos diagnosticados são do tipo 2. O manejo clínico de pacientes diabéticos fundamenta-se em quatro vertentes: educação, alimentação, exercício e terapêutica medicamentosa. A terapêutica dessa doença crônica não transmissível, com hipoglicemiante oral e insulina, apresenta resultados promissores. No entanto, tais medicações, além do elevado custo, possuem efeitos colaterais que dificultam o uso. A busca por plantas ou compostos naturais com atividade hipoglicêmica pode ser uma alternativa para suprir as necessidades de novos compostos ativos, menos tóxicos e possivelmente mais acessíveis à população. Entre as hortaliças que possuem atividade hipoglicêmica destacam-se a família das cucurbitáceas. Estudos conduzidos no Brasil demonstraram o efeito hipoglicemiante de diferentes cucurbitáceas. Assim, o projeto tem por objetivo central proceder a caracterização “in vitro” e a avaliação “in vivo” dos efeitos hipoglicemiantes da abóbora Cucurbita ficifolia Bouché em pacientes diabéticos tipo 2. O material vegetal será colhido e a analisado quanto aos teores de compostos com potencial hipoglicemiante. Será desenvolvido um produto tecnológico que será incluído na dieta de pacientes com ou sem diabetes tipo 2. Eles serão acompanhados clinicamente e periodicamente será avaliada a glicemia por meio de métodos bioquímicos. Esperam-se como principais resultados o desenvolvimento do produto tecnológico com farelo da polpa da abóbora, bem como a comprovação do efeito hipoglicemiante “in vivo” da cucurbitácea avaliada.