A principal recomendação para o controle de pragas agrícolas é a execução de práticas de manejo integrado de pragas (MIP). É essencial que um leque de procedimentos culturais, químicos e biológicos esteja disponível para uma aplicação do MIP de forma eficiente. Observa-se, no entanto, uma carência de opções para a cadeia agrícola, fortemente baseada na aplicação de produtos químicos. Apesar da grande atratividade do uso de insumos biológicos, eles são ainda pouco ofertados. A produção de tomate no Brasil é severamente afetada pela alta incidência de diversas pragas, pela falta de materiais com resistência, sistemas de produção favoráveis ao ataque de pragas, plantio continuado e escalonado, polifagia e surgimento de resistência das pragas aos princípios ativos, dentre outros. Quatro problemas são destacados pelos produtores e foram selecionados para serem foco do projeto. O primeiro deles é a mosca-branca, considerada hoje como a principal praga agrícola. A mosca-branca é polífaga e infesta extensivamente culturas importantes como soja, algodão, tomate, brássicas e cucurbitáceas, além de inúmeras plantas silvestres e daninhas. O controle químico tem se mostrado cada vez menos eficiente. O segundo problema refere-se a uma doença de solo denominada mofo-branco, causada por Sclerotinia sclerotiorum, patógeno cosmopolita e de importância em áreas com rotação com leguminosas. O terceiro problema é a virose conhecida como vira-cabeça do tomateiro, que é causada por um complexo de quatro tospovírus. O quarto problema também é uma virose, causada por potato virus Y (PVY) ou potyvírus. Essas duas viroses são caracterizadas por intensa necrose das folhas e redução drástica da produtividade. Todas essas pragas são de difícil controle e o objetivo desse estudo é gerar três grupos de produtos pré-tecnológicos classificados como insumos biológicos para o combate específico e eficiente de cada uma dessas pragas.