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Desenvolvimento da citricultura e implantação do modelo de Produção Integrada no Estado do Amazonas

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Foto: ROSA, Felipe Santos da

Atualmente os mercados mais exigentes, seja no âmbito internacional ou nacional, são rigorosos em requisitos de rastreabilidade, qualidade e sustentabilidade, enfatizando a proteção do meio ambiente, preocupação crescente em produção de alimentos seguros, condições de trabalho, saúde humana e viabilidade econômica. A Produção Integrada de Frutas (PIF) surgiu como um processo alternativo ao modelo convencional adotado pelos produtores brasileiros influenciados pela Revolução Verde, modelo caracterizado pelo uso intensivo de insumos, visando exclusivamente o aumento da produtividade. O Sistema Agropecuário de Produção Integrada, sem dúvida, constitui-se em um fator decisivo para a profissionalização e criação/aumento da consciência produtiva da agricultura brasileira, promovendo seu desenvolvimento em novos patamares de sustentabilidade. A citricultura é de fundamental importância para a economia do Brasil. O Estado do Amazonas busca intensamente novas alternativas agrícolas, a fim de abastecer o crescente mercado local e reduzir os custos dos alimentos, gerados pelas longas distâncias desde os principais centros de produção até Manaus. Dentre as diversas alternativas potencialmente viáveis para o Amazonas está a citricultura, atividade favorecida pelos preços compensadores dos frutos cítricos e pelas condições de clima adequadas para a produção ao longo do ano. Apesar do grande potencial de produção de cítricos do Amazonas, a maior parte da produção é proveniente de pequenos pomares, com pouco uso de tecnologias de cultivo, o que contribui para produtividade média bastante baixa, em torno de dez toneladas por hectare, conforme o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (2007). A citricultura no Amazonas envolve diretamente 2.400 produtores, com uma área plantada em torno de 4.007 hectares entre laranja, limão e tangerina, que se concentra praticamente em Manaus e municípios vizinhos (Iranduba, Rio Preto da Eva, Manacapuru, Itacoatiara, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Careiro). As limitações tecnológicas e o manejo inadequado dos pomares representam ameaças à sustentabilidade da cultura. Dentre os entraves, pode-se destacar: ausência de borbulheiras; plantios estabelecidos com poucas variedades de porta-enxertos e copas; o uso de muda sem garantia fitossanitária; alto custo dos insumos; pragas e doenças (gomose, antracnose, orthézia, mosca negra, pinta preta, leprose, podridão floral). Além destas, existe o risco da entrada do HLB (Huanglongbing) e do CVC (Clorose Variegada do Citros), doenças que têm ameaçado a citricultura em vários países. Atualmente, o sistema convencional de produção de citros no Amazonas adota práticas que implicam em alto custo de produção e risco ambiental. Nesse contexto, o projeto buscou viabilizar, para o agronegócio do citros no Amazonas, o aperfeiçoamento do processo produtivo, privilegiando a otimização e preservação dos recursos naturais, com redução do uso de insumos contaminantes, possibilitando a produção de frutos de melhor qualidade, sem riscos à saúde do consumidor, permitindo sua rastreabilidade e, conseqüentemente, atendendo às exigências dos mercados nacional e internacional.

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Tue Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Fri Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2014

Unidade Lider: Embrapa Amazônia Ocidental

Líder de projeto: Marcos Vinicius Bastos Garcia

Contato: marcos.garcia@embrapa.br

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