Em 2008 a Embrapa lançou o inoculante para cana-de-açúcar a partir de uma mistura de bactérias diazotróficas, tendo por objetivo a redução do uso de fertilizantes nitrogenados, podendo ser aplicado no plantio e após o corte. Com isso, foi possível a recomendação de redução de 100% do fertilizante nitrogenado na cana-planta (primero ano) e possibilidade de redução de 50% na cana-soca. Entretanto, apesar do sucesso da inoculação, os meios de crescimento das estirpes dessas bactérias são de custo elevado para a produção industrial.
Os estudos para a obtenção de altas populações das estirpes crescidas em meios de cultivo mais simples e de menor custo podem tornar o inoculante mais barato e com tempo de preparo menor. Esse foi o objetivo deste projeto, a partir do desenvolvimento de sistemas de cultivo dessas bactérias diazotróficas em biorreator e da avaliação do uso de diferentes compostos na estabilidade das misturas, bem como da compatibilidade entre as bactérias diazotróficas em uma composição direcionada ao uso diretamente no campo.
As estirpes selecionadas, além de fixarem nitrogênio, também produzem hormônios de crescimento, em maior ou menor quantidade, dependendo do meio de cultivo utilizado. Assim, também foram feitos testes de meios de cultivo, nos quais também foram avaliadas a presença e a quantidade desses hormônios, bem como as condições de oxigênio, pH e tempo de crescimento.
Com base na melhor formulação encontrada, testes de inoculação em casa de vegetação com diferentes variedades apontaram o crescimento das plantas e testes de campo foram aplicados para quantificar a contribuição da fixação biológica de nitrogênio, além dos dados de crescimento e de absorção desse nutriente.