O objetivo do projeto é capacitar os fiscais agropecuários de vinhos e bebidas em segurança de alimentos e avaliação da conformidade, com base em regulamentos técnicos e em normas ISO, visando fornecer habilidades que irão alinhar a atuação destes profissionais às estratégias adotadas pelo setor produtivo em benefício do fortalecimento do agronegócio brasileiro.

A adoção de Boas Práticas para a cadeia vitivinícola visa garantir um ambiente seguro para o processamento através de programas que tratam da potabilidade da água, da higiene e limpeza de equipamentos e utensílios, da higiene e saúde do manipulador, entre outros. Entretanto, há pouco conhecimento por parte das vinícolas quanto aos requisitos de Boas Práticas, mesmo nos básicos. É possível encontrar a campo toda a sorte de não conformidades, como o uso de latrinas nos banheiros do engarrafamento. Por sua vez, o Sistema APPCC visa eliminar, reduzir ou controlar os perigos inerentes ao processo produtivo, buscando garantir um processo seguro. Para o Australian Wine Research Institute (AWRI), o vinho é considerado alimento e deve ser produzido sob condições que garantam a segurança do produto para o consumidor. Entre os perigos químicos significativos de vinhos e bebidas estão o metanol, o etilcarbamato, os resíduos de pesticidas, a ocratoxina tipo A (originada por fungos), e também perigos físicos como cacos de vidros, plásticos e matérias. Se não forem controlados e gerenciados, tais perigos podem permanecer nos produtos. É necessário controle para garantir a segurança dos produtos brasileiros tanto no mercado interno quanto no externo.