Há muito já são conhecidos os problemas relacionados à dificuldade que passam os agricultores familiares, em especial a obtenção de crédito e assistência técnica, além da ausência de um planejamento consistente que permita o desenvolvimento local e regional com sustentabilidade. Também é sabido que existem, por parte do Estado, algumas ações com vistas à mitigação dessas condições: o Pronaf é um exemplo. Outro grande problema enfrentado por estes sujeitos diz respeito à dificuldade de acessos não materiais, ou seja, o da negociação e do diálogo com seus interlocutores de modo a obterem o espaço para a tomada de decisão quanto às questões que lhes dizem respeito. É necessário difundir conhecimento e tecnologia por meio desses agentes, que necessitam de atualização e reciclagem. A partir da capacitação deles em diagnóstico e planejamento participativos, com vistas a torná-los multiplicadores dessa prática, é possível minimizar os efeitos das ações desencontradas. Assim, esta proposta busca otimizar essa relação para o apoio ao desenvolvimento sustentável dos agricultores familiares, na condição de assentados da reforma agrária, e objetiva estabelecer estratégias conjuntas entre instituições para a elaboração do planejamento estratégico participativo - PEP, no qual a comunidade local deve ser o principal agente da negociação e tomada de decisão.