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Produção animal e recursos hídricos: tecnologias para manejo de resíduos e uso eficiente dos insumos.

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Resumo: A sociedade em seu processo de evolução determina novos valores para embasar as decisões relacionadas ao consumo de alimentos, bens e serviços. O valor ambiental é um dos que têm sido considerados nas escolhas de quais alimentos consumir. A sociedade hoje apresenta ao setor agropecuário preocupações relacionadas à consideração de aspectos como eficiência hídrica do produto, forma de uso da terra e emissões de gases na produção, no processamento e na distribuição do alimento. Respostas a essas questões devem ser dadas com base no conhecimento científico, considerando as várias visões dos atores que compõem os complexos agroindustriais. A produção animal, atividade geradora não só de proteína de qualidade, mas também de vários outros produtos e serviços fundamentais para a economia e para o bem-estar social, constitui uma das atividades agropecuárias mais contestadas quanto ao seu impacto ambiental e, particularmente, à forma como utiliza a água. Portanto, os atores do complexo agroindustrial da carne têm a responsabilidade de desenvolver ações que promovam a eficiência hídrica da atividade, bem como de compartilhar experiências com a sociedade e compactuar com as diretrizes hídricas. Esta obra traz experiências hídricas do Brasil, da Argentina e do México, mostrando como esses países lidam com água e produção animal. Considerando que o manejo mais comum dos resíduos animais é o uso deles como fertilizante, dois capítulos abordam esse tema, apresentando a experiência do estado de Santa Catarina e os potenciais impactos que esse manejo pode representar para a qualidade das águas, do ar e do solo. A água constitui um recurso natural finito, e seu reúso deve ser considerado como prática fundamental para sua conservação. Três capítulos abordam essa temática, nos quais, partindo do conceito de Saúde Única, apresentam-se as tecnologias de tratamento disponíveis para viabilizar o reúso com segurança ambiental e sanitária e a fertirrigação como possibilidade de ciclagem de água e nutrientes. Por fim, os capítulos restantes propõem novas visões e abordagens da produção animal pelo conceito de metabolismo industrial, que possibilita uma visão sistêmica de todos os elos, identificando oportunidades e fragilidades que devem ser trabalhadas, a fim de agregar valor ambiental à atividade. O Brasil dispõe de uma condição de conforto hídrico que é rara no mundo. Isso não significa que teremos, infinitamente, água para todos e para tudo. Cada região apresenta necessidades específicas, e a água deve estar disponível em quantidade e qualidade para as diversas demandas de determinada unidade hidrográfica. Portanto, a condição de conforto hídrico deve ser gerenciada, utilizando-se todos os instrumentos de gestão hídrica. Por isso, a produção animal cada vez mais terá de internalizar e exercitar o manejo hídrico em sua rotina produtiva, refletir sobre como promover a eficiência hídrica dos seus produtos e serviços e comunicar para a sociedade suas ações. A máxima é antiga: não existe produção de alimento sem disponibilidade de água em quantidade e com qualidade. Mas o antigo nunca foi tão moderno e determinante para o futuro. Se a água é fator produtivo vital para o sistema de produção animal, sua falta pode representar o colapso do sistema. Desejo que a leitura da obra instigue, provoque e faça com que cada leitor(a) dê sua contribuição para promover o uso mais eficiente da água pelas atividades pecuárias, pois é verdade, cada gota importa!

Ano de publicação: 2019

Tipo de publicação: Livros