Embrapa Solos
Governo de MS e Embrapa iniciam terceira fase de ZAE
Mato Grosso do Sul é um Estado pioneiro em realizar um zoneamento agroecológico (ZAE), com riqueza de detalhamento. Para a execução da última etapa desse estudo foi assinado em Campo Grande (MS) pelo secretário de Estado, Jaime Verruck, e pelo diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, o segundo termo aditivo ao Convênio de Cooperação Técnica, que prevê investimentos na ordem de R$ 3 milhões.
Nesta fase, 46 municípios localizados na Bacia do Rio Paraná serão mapeados, na escala de 1:100.000, com término previsto para 2021. A área corresponde a 142,5 mil km2, praticamente a metade do território sul-mato-grossense. O levantamento de aptidão será para as culturas de soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, pastagens, eucaliptos, pinus, seringueira, erva-mate, girassol, sorgo, abacaxi, banana, citrus, goiaba, manga, maracujá e melancia.
Segundo o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) Silvio Barge Bhering, coordenador dos estudos, neste novo ciclo pretende-se unificar os estudos de solos e de zoneamento; interpretar os requisitos edáfico-climáticos das culturas; analisar a agrometereologia de Mato Grosso do Sul; mapear áreas de uso restrito por condicionantes ambientais; e incorporar estudos de água no solo e terras para Irrigação. O engenheiro agrônomo afirma que o ZAE traz novas abordagens para o Estado, com potencial de subsidiar políticas públicas.
“O cenário da agricultura para 2030, apresentado pela Embrapa, mostra as tendências do setor e o uso de geotecnologia é uma delas. Ao cruzar informações e potencializá-las em ferramentas, como o ZAE, abrimos o Estado para a inteligência estratégica, com portas para o planejamento de uso e ocupação das terras de forma sustentável, diversificação agrícola, gestão e empreendedorismo”, endossa Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
O diretor Cleber Soares, também presente no ato de assinatura, destaca a inteligência territorial. Para ele, “é necessário transformar dados em informação, gerenciá-los, utilizá-los como instrumento para prever o futuro, para a tomada de decisão. Por isso, as mudanças socioeconômicas e espaciais na Agricultura são uma das megatendências apontadas no documento Visão 2030”, enfatiza. “Agora em uma escala de precisão de 30 cm, com mapeamento digital, robustez e sob uma base de dados que o Estado já possui, concluiremos o ZAE. Poucos estados no Brasil têm uma base para a caracterização de superfície de solo em escala de 30 cm. É um patrimônio para o futuro e em cima dessas bases que Agraer, Embrapa e Universidade Estadual ampliarão o ZAE”, finaliza Soares.
Além de Cleber Soares e Jaime Verruck estavam presentes no lançamento da terceira etapa as chefias-adjuntas de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos e Pantanal, Petula Nascimento e Thiago Coppola, respectivamente; a chefia interina da Embrapa Gado de Corte, Ronney Mamede; o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel; o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Maurício Saito; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio, Luiz Fernando Buainain; e o diretor-presidente da Agraer/MS, André Nogueira Borges.
Com recursos do Fundo de Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja de Mato Grosso do Sul (Fundems), gestão da Semagro, a execução do Zoneamento é da Embrapa Solos, com apoio técnico das Unidades Gado de Corte (Campo Grande), Pantanal (Corumbá), Agropecuária Oeste (Dourados) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer/MS). Até julho, uma base física das pesquisas será instalada na Capital.
A fase já completa do ZAE-MS, encerrada em 2012, abrange 32 municípios da Bacia do Rio Paraguai, na escala 1:100.000, tendo sido produzidos mais de 600 mapas e 3 mil páginas de estudos técnicos.
Colaboração: Carlos Dias (20.395 MTb RJ)
solos.imprensa@embrapa.br
Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
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