Embrapa Solos
Embrapa e Aprosoja/MS unem forças para criar sistema de gestão de risco
Foto: Alexandre Esteves
Reunião na Embrapa Solos definiu as bases para o acordo. A partir da esquerda: Petula Nascimento, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos; Ricardo Dart, analista da Embrapa Solos; José Carlos Polidoro, chefe-geral da Embrapa Solos; André Dobashi, vice presidente da Aprosoja/MS; Silvio Bhering, pesquisador da Embrapa Solos; e Juliano Schmaedecke, presidente da Aprosoja/MS.
Embrapa e Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) irão celebrar um acordo técnico para desenvolvimento de um sistema informatizado de apoio à tomada de decisão na gestão de risco em áreas de uso agropecuário do estado sul-mato-grossense. As bases da parceria foram discutidas na Embrapa Solos (RJ), na segunda-feira (18), e a previsão é que os trabalhos sejam iniciados no início de 2019.
A ferramenta a ser desenvolvida será uma evolução do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), criado pela Aprosoja/MS para monitorar lavouras a partir da consolidação de informações estatísticas e dados georreferenciados das culturas de soja e milho. A intenção é integrar o Siga MS à Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa, plataforma que faz parte da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), reunindo conjuntos de dados como mapas de uso e cobertura das terras e de aptidão agrícola, zoneamentos e diagnósticos ambientais, levantamentos de solo, estimativas de degradação de pastagens, emissão de carbono e produção de água.
A parceria deverá envolver equipes da Embrapa Solos, da Embrapa Informática Agropecuária (SP), dos três centros de pesquisa localizados no Mato Grosso do Sul - Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte e Embrapa Pantanal - e de outras unidades da Empresa, além da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS).
O chefe-geral da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, explica que a ferramenta servirá não apenas para a cultura da soja, mas para toda a cadeia agropecuária, e que o modelo a ser construído no Mato Grosso do Sul deve ser levado para os demais estados brasileiros no futuro. “Vamos começar com o uso e ocupação da terra para a agropecuária, levantando estimativas anuais de áreas plantadas das principais culturas do estado. Mas o objetivo a médio prazo é ampliarmos a capacidade analítica da ferramenta, para que o produtor possa tomar suas decisões com as informações geradas na palma da mão”, completa.
“Com essa parceria, pretendemos melhorar o mapeamento de uso dos solos e o zoneamento climático no Mato Grosso do Sul. O Siga-MS tem um banco de dados bem robusto, e integrando-o com o sistema da Embrapa teremos um grande ganho para o produtor rural e para o governo do estado”, analisa o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke.
Já o vice-presidente da associação, André Figueiredo Dobashi, destaca a importância de ações estruturadas que mantenham o produtor rural no Mato Grosso do Sul. “Precisamos ter um histórico da produção agrícola e das famílias sul-matogrossenses prosperando em suas terras. Isso faz parte do desenvolvimento econômico do estado, para mostrar que naquelas regiões é possível crescer e prosperar investindo e trabalhando corretamente, com sustentabilidade e respeitando o meio ambiente”.
A parceria, que será formalizada nos próximos meses, prevê treinamentos sobre manejo dos solos e da água com o objetivo diminuir os riscos da produção agropecuária, aumentando a competitividade dos produtores rurais e promovendo a proteção de mananciais e o controle de erosões.
ZAE MS
A Embrapa já coordena um projeto de grande impacto no Mato Grosso do Sul, em parceria com o governo do estado: o Zoneamento Agroecológico (ZAE MS). Com participação intensa da Embrapa Solos e dos três centros de pesquisa localizados no estado, Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte e Embrapa Pantanal, as duas fases já concluídas abrangeram 32 municípios da Bacia do Rio Paraguai, na escala 1:100.000, tendo sido produzidos mais de 600 mapas e 3 mil páginas de estudos técnicos.
Na terceira fase do acordo de cooperação técnica, iniciada no mês passado, outros 46 municípios localizados na Bacia do Rio Paraná serão mapeados, também na escala de 1:100.000, com término previsto para 2021. A área corresponde a 142,5 mil km2, praticamente a metade do território sul-mato-grossense. O levantamento de aptidão será para as culturas de soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, pastagens, eucaliptos, pinus, seringueira, erva-mate, girassol, sorgo, abacaxi, banana, citrus, goiaba, manga, maracujá e melancia.
Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
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