Este projeto teve como base o inoculante para cana-de-açúcar lançado em 2008 pela Embrapa, que pode ser aplicado tanto na cana-planta como na cana-soca para redução total ou parcial do nitrogênio aplicado. Composto por cinco estirpes de bactérias diazotróficas, esse inoculante apresenta como principal desafio o veículo utilizado – que é o componente do inoculante que permite a sobrevivência das bactérias vivas por um período que inclua desde o transporte até a aplicação na cultura.
Geralmente, as estirpes recomendadas são misturadas à turfa, que é o substrato sólido mais utilizado para veiculação dessas bactérias. No entanto, a turfa não reúne as características desejáveis para um veículo de inoculação, que deve ser atóxico, biodegradável, de fácil obtenção e manuseio, de reduzido impacto ambiental e de baixo custo, sem necessidade de condições especiais de armazenamento e transporte. Uma alternativa à turfa pode ser a utilização de polímeros, que, por meio de efeitos aditivos das misturas poliméricas, reúnem propriedades físicas, químicas e biológicas desejáveis.
O objetivo deste estudo foi determinar a estabilidade da mistura polimérica e a compatibilidade entre ela e as bactérias diazotróficas, por meio do monitoramento da densidade de células. Além disso, também verificou-se a eficiência agronômica do inoculante de cana-de-açúcar, protegido por uma patente depositada.